O que é autossabotagem financeira?
Quando se trata de finanças pessoais, geralmente somos os nossos maiores inimigos. Muitas vezes relegamos nossas mazelas financeiras ao nosso salário, aos impostos altos, a inflação e até a ganância […]
Quando se trata de finanças pessoais, geralmente somos os nossos maiores inimigos. Muitas vezes relegamos nossas mazelas financeiras ao nosso salário, aos impostos altos, a inflação e até a ganância do sistema financeiro e não percebemos que não fazemos nada para mudar essas situações.
O que é autossabotagem financeira?
Todas as situações em que usamos a emoção para tratar dos assuntos financeiros em vez da razão, é um ato de autossabotagem. Nos auto sabotamos financeiramente quando, diariamente, não valorizamos os pequenos gastos, quando compramos por impulso, quando caímos nos “efeitos manadas”, quando simplesmente não enxergamos que sai muito caro entrar no cheque especial e quando vivemos comprando “no parcelado”.
Impacto da autossabotagem
Na vida financeira, o impacto dessa autossabotagem, inevitavelmente, é entrar no cheque especial, no parcelamento do cartão, na bola de neve das dívidas. Na vida pessoal é o sentimento de frustração, paralisação e de fracasso. Para mudar, é necessário mudar de atitudes, estudar e pesquisar meios de não se autossabotar.
Quando o alerta deve ser ligado?
Geralmente, consideramos o gramado do vizinho mais verde. Porém, muitas vezes, quando o gramado do vizinho está mais verde é sinal de que o nosso é que precisa ser melhor regado.
Quando a síndrome do autossabotador financeiro começa, as pessoas não valorizam suas conquistas e seu dinheiro. E, nestes momentos, se tornam vítimas da vida. Quando bate aquele sentimento tipo “eu mereço”, ou “eu me esforço tanto”, é um alerta.
Principais sinais da autossabotagem financeira
Gastar/comprar por impulso
Esse tipo de autossabotagem financeira é um verdadeiro pesadelo para as pessoas e uma dádiva para quem vende produtos ou serviços. Reflita antes de comprar. Pare, saia da loja, do computador ou do celular por pelo menos meia hora. Se distraia. Quando voltar para finalizar a compra, você estará mais racional e vai refletir se é necessário continuar comprando.
É preciso também ter muito cuidado com os anúncios que aparecem na tela do computador e do celular. Se você se pegar comprando uma coisa que apareceu num banner, durante seu trabalho ou estudo, não tenha dúvidas que você está se auto sabotando.
Gastar tudo que ganha e não poupar nada
Essa atitude é da maioria das pessoas. Não conseguem poupar nada, porque ganham pouco e não sobra nada no final do mês. Ainda estamos vivendo um momento de forte desemprego e crise financeira no país, mas mesmo antes, quando as coisas estavam melhores, as pessoas tinham a mesma atitude.
É difícil, mas não impossível. Comece com pouco. O importante é começar a poupar. Depois que o hábito é assimilado, fica mais fácil. Trace um objetivo. Pode ser pelo prazer de comprar à vista um eletrodoméstico, uma roupa legal ou mesmo uma pequena viagem. Depois de perceber que é possível, vai se tornar real e factível poupar.
Não dar a mínima para o orçamento doméstico e só usar a “calculadora mental”
Essa auto sabotagem financeira é uma das responsáveis pelo alto grau de endividamento das famílias brasileiras. As pessoas não têm a mínima ideia do que realmente gastam e nem o que ganham. Fazem as contas “de cabeça”, gastam pelo salário cheio e esquecem por exemplo, que tem o IR retido na fonte, INSS… Acabam não sabendo onde o dinheiro foi parar… A única forma de mudar é começar a escrever em uma planilha ou em um aplicativo as despesas diárias, as despesas rotineiras e as despesas eventuais. Depois disso é importante analisar onde está desproporcional para ver onde dá para reduzir um pouco. Demanda tempo, mas o resultado é libertador.
Quando caímos nos efeitos “manadas” e somos “Maria vai com as outras”
Se as pessoas maduras e vividas caem nesta armadilha financeira, imagina os mais inexperientes. As pessoas acabam ficando míopes e seguem à risca orientações financeiras desastrosas só porque é moda e todos estão fazendo. A melhor forma de não sucumbir é usar a razão e pesquisar muito antes de tomar qualquer atitude. Vivemos isso faz pouco tempo com as criptomoedas. Alguns ganharam muito e milhões perderam muito…
Não ter objetivos de vida definidos e não pensar no futuro
Quando “vivemos cada dia como se fosse o último” é uma grande autossabotagem. A vida não é um filme e nem uma novela. Coisas boas acontecem e coisas ruins também. Temos que ter uma reserva financeira para emergências, temos que definir objetivos claros e factíveis para termos uma vida financeira mais feliz e tranquila.
Conclusão:
Para evitar o auto sabotamento financeiro, é necessário ter consciência dos seus ganhos e gastos para ter controle sobre o dinheiro. Assim como cuidamos da nossa saúde, do nosso corpo e mente, temos que cuidar da nossa vida financeira.
A autossabotagem financeira é resultado de uma sociedade que não pratica a educação financeira nas escolas. O combate deve começar na infância e exige uma prática contínua do consumo consciente, de planejamento para a realização dos sonhos e da conquista de uma velhice com independência financeira.
Fonte: ParMais
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