BC descarta regulamentação para incentivar meios eletrônicos
O Banco Central vê com bons olhos o crescimento do uso de meios eletrônicos de pagamento, mas não tem intenção de forçar o crescimento por meio de regulamentação. O posicionamento foi dado durante o CMEP (Congresso de Meios Eletrônicos de Pagamento), evento realizdo em São Paulo, por Aldo Mendes, diretor de política monetária da instituição.
O Banco Central vê com bons olhos o crescimento do uso de meios eletrônicos de pagamento, mas não tem intenção de forçar o crescimento por meio de regulamentação. O posicionamento foi dado durante o CMEP (Congresso de Meios Eletrônicos de Pagamento), evento realizdo em São Paulo, por Aldo Mendes, diretor de política monetária da instituição.
O executivo afirmou que os meios eletrônicos são uma forma bastante eficiente de reduzir custos e aumentar a eficiência do sistema financeiro. “O papel tem cedido lugar ao modelo eletrônico e o que o Banco Central tem feito é estimular isso por meio de estudos e propostas. É uma forma de orientar o mercado, mas sem caráter normativo”, afirmou, lembrando que hoje há mais concorrência no mercado e que isso aconteceu sem a influência do BC.
E na opinião do executivo, a estratégia tem funcionado. Para Mendes, a reação do mercado à política adotada até aqui pelo BC tem sido muito boa. “Mas ainda não chegamos ao que consideramos 100% desejado. Ainda há ganhos a serem absorvidos, como a implementação da interoperabilidade do sistema”, afirma.
Além da interoperabilidade, Mendes citou o DDA (Débito Direto Autorizado) como outro produto com potencial de crescimento, e mandou um recado aos bancos. “O DDA atinge hoje somente 7% dos boletos de cobrança emitidos no País. Falta estímulo para o uso do produto, que hoje não chega às cobranças mais simples, como faturas de cartões de crédito”, comparou.
O desejo da Autoridade Monetária de que os meios eletrônicos de pagamento ampliem ainda mais sua presença no mercado não ocorre sem motivo. De acordo com Mendes, se todos os pagamentos realizados hoje em papel migrassem para os meios eletrônicos, a redução de custos equivaleria a 0,7% do PIB nacional.
Fonte: Convergência Digital