TV digital: Governo assume atraso, mas banca apagão analógico para 2016
O governo admite atrasos na implantação da TV digital no país, mas o desligamento do sinal analógico de televisão está mantido para 2016, sustenta o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, em comunicado oficial divulgado no site do ministério.
O governo admite atrasos na implantação da TV digital no país, mas o desligamento do sinal analógico de televisão está mantido para 2016, sustenta o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, em comunicado oficial divulgado no site do ministério.
“Esperamos que até 2016 já estejamos totalmente prontos para fazer o apagão analógico. Até lá, as emissoras vão ter tempo para se adaptar e os próprios consumidores vão querer modernizar seus equipamentos, até mesmo porque teremos uma Copa do Mundo aqui no Brasil em 2014 e as pessoas já vão querer aproveitar a tecnologia”, diz o ministro, no comunicado disponibilizado no portal.
O Governo Federal também diz estar está trabalhando para dar acesso a linhas de crédito diferenciadas, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para que as emissoras de TV possam comprar novos equipamentos e migrar para o sistema digital. “Estamos tentando andar rápido com essa questão da digitalização”, garantiu Bernardo.
Para começar a transmitir em sinal digital, a geradora de TV precisa dar entrada no processo de consignação no Ministério das Comunicações. Até o fim deste ano, todos os processos de consignação de geradoras (as estações principais nas redes de televisão) serão finalizados, segundo o secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica do MiniCom, Genildo Lins.
De acordo com o secretário, todas as 400 geradoras de TV espalhadas pelo país vão estar consignadas. Isso quer dizer que a emissora vai poder realizar transmissões digitais e analógicas, ao mesmo tempo, até que o sinal analógico seja definitivamente desligado, em 2016. Do total de geradoras, 100 ainda têm processos de consignação tramitando no MiniCom.
“Nós destacamos uma equipe específica de engenheiros para trabalhar na análise desses processos de consignação de TV, justamente porque queremos dar mais agilidade na finalização dessas demandas”, avalia Lins. E, em setembro, foram concluídos os processos de consignação de 19 emissoras, contra três processos finalizados entre janeiro e agosto deste ano.
O próximo passo no processo de digitalização da televisão no Brasil é a mudança para as retransmissoras (RTVs). O prazo para que as RTVs iniciem o processo de consignação no MiniCom termina no próximo ano, mas 1.700 já deram início ao processo, num universo de 6.000 emissoras em todo o Brasil. De acordo com dados da Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica, 20 RTVs já estão consignadas e a meta é encerrar o ano de 2012 com 2.000 consignações concluídas para esse tipo de serviço.
Fonte: Convergência Digital