Certificação digital: Provedores criam força-tarefa para atender PMEs
A exigência feita pela Caixa Econômica Federal, em função do conectividade social, está mobilizando pequenas e médias empresas para o uso da certificação digital. Os principais provedores – CertiSign e Serasa – montam esquema especial para atender as PMEs para que o prazo de 31 de dezembro, determinado pela instituição, seja cumprido, mas admitem: Muitos ainda vão ficar fora do processo. Expectativa é que apenas 30% fiquem em dia com a nova regra.
A exigência feita pela Caixa Econômica Federal, em função do conectividade social, está mobilizando pequenas e médias empresas para o uso da certificação digital. Os principais provedores – CertiSign e Serasa – montam esquema especial para atender as PMEs para que o prazo de 31 de dezembro, determinado pela instituição, seja cumprido, mas admitem: Muitos ainda vão ficar fora do processo. Expectativa é que apenas 30% fiquem em dia com a nova regra.
Embora não queiram comentar sobre a possibilidade de a Caixa Econômica vir a adiar o prazo para a adoção do certificado digital pelas pequenas e médias empresas para transações como FGTS, Igor Rocha, diretor da Serasa, e Paulo Kulikovsky, vice-presidente de planejamento estratégico da Certisign, procurados pelo Convergência Digital, assumem que muitas empresas não terão como cumprir o prazo.
“Houve uma demanda muito maior e mesmo com o esquema de plantão que estamos fazendo, muitas empresas vão ficar de fora desse esforço pelo dia 31 de dezembro. Acredito que pelo menos dois milhões de PMEs não vão cumprir o prazo”, diz Kulikosvsky, da Certisign. “Vamos ter empresas fora desse prazo. Teremos janeiro e fevereiro movimentados caso a Caixa mantenha o seu prazo”, acrescenta Rocha, da Serasa. As duas certificadores montaram esquema especial de atendimento, com plantões e mutirões para tentar dar suporte às PMEs.
A Caixa exigiu que até o dia 31 de dezembro, os empregadores tenham o certificado digital para relacionamento com o ambiente “Conectividade Social ICP-Brasil” da Caixa Econômica Federal. Os arquivos do Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (SEFIP) e da Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS – GRRF serão transmitidas pela Internet usando esse sistema.
Os executivos compartilham que o ano de 2011 foi um divisor de água para a certificação digital. No primeiro semestre, a nota fiscal eletrônica agilizou o mercado. No segundo semestre, a exigência da caixa, para as PMEs, mobilizou um contingente de usuários especiais.
“Precisamos lembrar que o microeempreendor tira o certificado para a empresa e para ele pessoalmente. Isso vai agilizar toda a cadeia de uso do padrão no país”, afirma Marcos Nader, CEO da Comprova, portal de comprovação legal de transações eletrônicas e certificação digital.
A entrada das PMEs no mundo da certificação digital é comemorada pelos players. Até então, as ações estavam voltadas para as grandes empresas e foram impulsionadas pela Receita Federal. Para Rocha, da Serasa, e Kulikosvsky, da Serasa, a iniciativa da Caixa foi a primeira, de fato, para estender o uso da tecnologia num mercado estimado de mais de seis milhões de empresas.
“Posso dizer que, agora, num prazo máximo de dois anos, 100% das empresas vão ter certificação digital. Isso vai nos permitir entrar num novo patamar de aplicações. Transações poderão ser ainda mais simplificadas”, destaca Rocha, da Serasa.
Virada tecnológica: Maior segurança à vista
Para 2012, o desafio dos provedores da certificação digital será a atualização tecnológica do V2, cadeia de algoritmos de criptografia. Para os executivos do mercado, esse processo é simples e necessário. “Segurança é fator-chave nesse negócio, destaca Nader, da Comprova. Mas admitem que os provedores de aplicações terão de adaptar suas soluções.
“Será um desafio, mas essa atualização é necessária”, sustenta Rocha, da Serasa. A atualização prevê aumentar os algortimos para fortalecer a criptografia utilizada nos certificados. Entre os mercados que tendem a incorporar a certificação digital nas suas aplicações, um ganha destaque: Saúde e o varejo. “Esses mercados estão buscando maior segurança nas suas soluções”, completa Nader, da Comprova.
Fonte: Convergência Digital