04/abr/2013
Inova Energia terá foco em médias e grandes empresas
A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) lança hoje o Inova Energia, linha de financiamento para projetos de inovação tecnológica no setor elétrico. Conforme o Valor adiantou, o programa, feito em parceria com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) terá recursos de R$ 3 bilhões.
A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) lança hoje o Inova Energia, linha de financiamento para projetos de inovação tecnológica no setor elétrico. Conforme o Valor adiantou, o programa, feito em parceria com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) terá recursos de R$ 3 bilhões.
O objetivo principal do programa é gerar produtos e serviços inovadores para o mercado elétrico. "Na visão da Finep, inovação é quando o produto chega ao mercado", afirmou o superintendente da Área de Financiamentos da Finep, Ricardo Jabace. O público-alvo do programa são grandes e médios fabricantes de equipamentos. Mas, segundo o superintendente, empresas de menor porte poderão participar, desde que estejam associadas a grupos maiores. Companhias estrangeiras com representatividade no país também poderão participar, mas "haverá prioridade para as que façam transferência de tecnologia", ressalta Alexandre Velloso, chefe do departamento de Energias Tecnologias Limpas da agência.
O programa terá três linhas temáticas: redes elétricas inteligentes (smart grids) e transmissão em ultra-alta tensão; geração de energia eólica e solar; e veículos híbridos e eficiência energética veicular.
Os instrumentos de financiamento são subvenção, projetos cooperativos, crédito subsidiado e investimento equity. O acesso à subvenção será feito por meio de chamamento público e não exige reembolso. O projeto cooperativo pretende financiar de forma não reembolsável instituições de pesquisa instituições científicas tecnológicas (ICTs) que tenham parceira com empresas. A terceira linha (crédito subsidiado) terá taxa de 3,5% ao ano, com carência de 24 a 48 meses, prazo de pagamento de até dez ano e limite de crédito de R$ 293 milhões por grupo. Pelo modelo investimento equity, um dos agentes financiadores (BNDES ou Finep) se torna sócio da companhia, que "tem capacidade de inovação, mas necessita de capital", diz Velloso.
"Vamos trabalhar esse programa do ponto de vista comercial e industrial", ressaltou o superintendente de eficiência energética e pesquisa e desenvolvimento da Aneel, Máximo Pompermayer. Segundo ele, as três instituições "sempre trabalharam juntas. Mas agora será algo sistemático e permanente para desenvolvermos ações conjuntas. O objetivo maior do programa é reduzir a dependência tecnológica que temos nessas áreas".
Pelas estimativas da Finep, o Inova Energia deverá destravar uma necessidade de financiamento de projetos estimada em R$ 1,8 bilhão para 2013. A agência começa a receber as cartas de interesse a partir de maio e a conclusão do processo está prevista para novembro.
Por Rodrigo Polito e Tatiana Schnoor, para o Valor Econômico.