Verticalmoço discute fusões e aquisições no segmento de tecnologia
Os desafios de gerir de forma adequada operações de fusões e aquisições de empresas de tecnologia foi o tema da palesta da última edição do Verticalmoço, iniciativa que reúne mensalmente empresas associadas a ACATE com atuação no projeto de Verticais. Nesta edição, realizada no dia 4 de junho, a Vertical Governo foi a responsável por propor o tema e o convidado – o advogado Marcus Silva, da Silva, Santana e Teston Advogados.
Os desafios de gerir de forma adequada operações de fusões e aquisições de empresas de tecnologia foi o tema da palesta da última edição do Verticalmoço, iniciativa que reúne mensalmente empresas associadas a ACATE com atuação no projeto de Verticais. Nesta edição, realizada no dia 4 de junho, a Vertical Governo foi a responsável por propor o tema e o convidado – o advogado Marcus Silva, da Silva, Santana e Teston Advogados.
O profissional é diretor do escritório, que atua em todas as áreas do Direito com foco em empresas de tecnologia, e tem ampla experiência no tema de fusões e aquisições por ter atuado, como diretor jurídico, em todas operações de aquisições que a Datasul promoveu antes da fusão com a TOTVS. "No segmento de tecnologia, é muito comum identificar negócios com capital intelectual específico, que interessa a grandes grupos. O processo de aquisição ou fusão acaba sendo vantajoso já que a empresa interessada, em vez de investir na formação de equipes e desenvolvimento, acaba comprando a propriedade intelectual e o time envolvido no desenvolvimento daquele negócio", explicou Marcus Silva.
Esta característica tem refletido diretamente no aumento de fusões e aquisições no setor tecnológico – o segmento, desde 2008, é, no Brasil, o principal em número de operações. Entre os efeitos positivos de investir em F&A apontados por Silva, na palestra, estão a possibilidade do aumento do market share do novo negócio, da sinergia de recursos humanos após uma operação, maior volume de capital para pesquisa, desenvolvimento e inovação, a ampliação do poder de negociação e aquisição de produtos e serviços, e, a possibilidade de, no futuro, ter acesso ao mercado de capitais.
Uma das principais recomendações que Marcus Silva deu aos presentes diz respeito à propriedade intelectual das empresas. É o principal ativo, segundo ele, de uma empresa de tecnologia e deve ser, desde sua concepção, protegido para efeito de valoração da empresa e do próprio negócio. A propriedade intelectual permite que a empresa tenha o conhecimento aplicado como ativo e envolve a propriedade industrial, o direito autoral e cultivares (topografia de circuito).
No processo de análise da propriedade intelectual de uma empresa, é levado em conta a marca, patentes de invenção, patentes de modelo de utilidade, software, topografia de circuito integrado, desenhos industriais, campanhas publicitárias, materiais informativos e o know how que a empresa detém, aliada a equipe de desenvolvimento. Segundo Silva, diversos desafios estão impostos nesta gestão, antes de uma operação de fusão e aquisição, como a avaliação contábil dos bens protegidos por propriedade intelectual, a exclusividade jurídica do negócio durante um tempo legal definido na operação para oferecer segurança por parte da empresa a ser vendida, entre outros aspectos.