Gestão pública em programa pela internet atrai prefeituras da região Sul
Em Gravataí, cidade gaúcha com quase 300 mil habitantes na região metropolitana de Porto Alegre, prefeito, secretários e técnicos não precisam estar necessariamente dentro da prefeitura para atender a demandas administrativas. Um sistema que funciona em nuvem, implantado na estrutura do executivo municipal, possibilita o acesso ao software de gestão pela internet, a qualquer hora e local, por dispositivos móveis como tablets e celulares.
Em Gravataí, cidade gaúcha com quase 300 mil habitantes na região metropolitana de Porto Alegre, prefeito, secretários e técnicos não precisam estar necessariamente dentro da prefeitura para atender a demandas administrativas. Um sistema que funciona em nuvem, implantado na estrutura do executivo municipal, possibilita o acesso ao software de gestão pela internet, a qualquer hora e local, por dispositivos móveis como tablets e celulares. A mobilidade tem beneficiado também a população, que não precisa mais se deslocar a prefeitura para solicitar serviços. Tudo é feito pelo site, em um portal direcionado o cidadão, que está interligado ao sistema em cloud computing.
No Rio Grande do Sul, a tecnologia é utilizada em outras prefeituras como Candelária, Santa Rosa, Cruz Alta e Sobradinho. Em Santa Catarina, o programa funciona em Concórdia, Aurora, Balneário Barra do Sul, Barra Velha e Rio do Sul. Já no Paraná, aderiram Pinhais, Campo Largo, Mamborê, entre outras. Em Candelária, por exemplo, os agentes de saúde usam tablets para realizar o atendimento nas comunidades do interior. Na cidade, o software em nuvem, que viabilizou o prontuário eletrônico, reduziu em 30% gastos com medicamentos, procedimentos médicos e outras atividades na área da saúde.
Segundo a IPM, empresa que desenvolve o sistema, este modelo pode ser implantado de forma mais rápida nas prefeituras e outros órgãos públicos, que são carentes de um ambiente de TI. Isso porque dispensa gastos com servidores de banco de dados, cabeamento e outros equipamentos de informática, além de manutenção. Os dados das prefeituras são hospedados em um datacenter da empresa, em Curitiba. Na Câmara de Vereadores de Doutor Pedrinho, no Alto Vale do Itajaí, em Santa Catarina, o programa permite a um profissional contábil que presta serviços à casa consiga operar o software de Ibirama, cidade a 100 quilômetros de distância.
Em Castro, no Paraná, o sistema está em fase de implantação e chamou a atenção, também, pela facilidade na operação. “O prefeito vai conseguir gerar relatórios de gestão rapidamente, em tempo real, quando estiver em Brasília, por exemplo”, ressalta o superintendente de TI da prefeitura, Tarcísio José de Quadros. Para Tarcísio, obter relatórios em tempo real é um grande avanço para a administração. “São planilhas de controle interno, para dar um suporte à tomada de decisões, que podem ser acessadas de qualquer lugar do mundo”, ressalta.
Investimento – A IPM, que tem sede em Florianópolis (SC), investiu mais de R$ 15 milhões para desenvolver o sistema. No Brasil, o Atende.Net Web, como foi batizado o software, é pioneiro em cloud computing na gestão pública. Há pouco menos de uma década, a empresa já investia no desenvolvimento da tecnologia, ao mesmo tempo de gigantes como a Amazon, o Google, a IBM e a Microsoft. “A tecnologia cloud computing viabiliza o funcionamento das prefeituras a menor custo e com larga vantagem em relação a liberdade de acesso ao sistema”, afirma o diretor-presidente da IPM, Aldo Luiz Mees.
:: As vantagens dos sistemas em cloud computing para o setor público:
– Redução de custos: com os dados hospedados na internet, não é necessária a aquisição e manutenção de infraestrutura e servidores físicos. Estudo realizado pela Microsoft e a Edge Strategies com quase quatro mil pequenas empresas revelou que a computação em nuvem é até 40 vezes mais econômica nestas organizações. Se colocar tudo no papel, muitas vezes a solução de TI seria inviável se não estivesse na nuvem.
– Mobilidade: na nuvem, o programa pode ser acessado em smartphones, tablets e outros dispositivos móveis com acesso à internet, a qualquer hora e lugar. A mesma pesquisa mostrou que empresas que utilizam a mobilidade registraram aumento de 40% na receita frente às que não utilizavam.
– Segurança: a segurança sempre foi um dos mitos do Cloud Computing. A verdade é que sistemas com base nesta tecnologia possuem medidas de segurança contra roubo de informações e vírus superiores às ferramentas adotadas em servidores físicos, além de boas práticas de administração, que inclui firewall, robô de backup e outros.
– Performance: programas web processam em menos tempo que os desktop. As informações em nuvem possibilitam uma maior rapidez de resposta às operações.
– Usabilidade: na maioria das vezes, os sistemas em Cloud Computing são mais intuitivos e de fácil operação, justamente por estarem em interface web.
– Alta disponibilidade: os avanços tecnológicos na nuvem têm disponibilizado sistemas que dificilmente vão deixar na mão os gestores públicos, ou seja, pararem de funcionar por algum momento, por problemas na web. Na IPM, por exemplo, a utilização do padrão TIER 2 reflete numa disponibilidade de 99,67% do sistema no ar.