CEO do SRI Internacional discute desafios do processo de inovação
O CEO do SRI Internacional, Curtis Carlson, responsável pela pesquisa que culminou na adoção da televisão em alta definição (TVHD) e membro do Conselho Consultivo Nacional sobre Inovação e Empreendedorismo falou sobre os desafios do processo de inovação nesta terça-feira (18), durante o Verticalmoço promovido pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE).
O CEO do SRI Internacional, Curtis Carlson, responsável pela pesquisa que culminou na adoção da televisão em alta definição (TVHD) e membro do Conselho Consultivo Nacional sobre Inovação e Empreendedorismo falou sobre os desafios do processo de inovação nesta terça-feira (18), durante o Verticalmoço promovido pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE). O encontro reuniu diretores e funcionários da entidade, empresários do setor, além do secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável (SDS), Paulo Bornhausen, da secretária adjunta, Lúcia Dellagnelo, e demais membros da pasta, responsável pela vinda do norte-americano a Santa Catarina.
No encontro, Carlson abordou a evolução histórica do Vale do Silício e da universidade de Stanford, destacando que a construção da sua relevância se deu pela atuação de empresas inovadoras, que iniciaram pequenas, mas que foram ousadas e hoje são bem sucedidas. Observou, contudo, que os modelos daquela região não podem ser adotados integralmente em diferentes localidades e que é necessário, sobretudo, levar em conta aspectos culturais nessa adaptação. “Acredito que vivemos a melhor época para a inovação, pois todas as áreas de atuação e segmentos da economia precisam inovar, pois buscam competitividade. A globalização das empresas e a aprendizagem continua se tornam uma questão de sobrevivência”.
Para Carlson, as empresas que buscam maior apoio para o fomento à inovação precisam atuar junto ao governo. “Trata-se de um importante parceiro na construção de um ecossistema favorável ao processo de inovação e à atração de fontes de capital de risco”, afirmou. Salientou ainda a importância das associações de empresas e a formação de lideranças, assim como a formação no ensino básico mais consistente, focada na resolução de problemas reais.
Segundo o CEO do SRI International, a carga tributária em cima de processos de inovação ainda são muito pesadas em grande parte do mundo e esse contexto só se tornará mais favorável quando o governo tomar consciência das peculiaridades decorrente dos diferentes portes das empresas. “Os pequenos e médios negócios são atualmente os principais geradores de emprego e de desenvolvimento econômico e social. Nesse cenário, a carga tributária pode sufocar o processo de inovação e criação de novos negócios”, disse.
Associativismo inovador
Para o vice-presidente da ACATE, Everton Gubert, que coordenou a atividade, as Verticais de Negócios da associação representam uma forma inovadora de associativismo e da entidade estar mais perto de seus associados. “Por meio delas, estabelecemos contatos estratégicos e firmamos parcerias dentro da nossa própria casa, ou seja, trata-se de um importante diferencial competitivo”, disse. Precisamos discutir formas de expandir as fronteiras e ampliar as possibilidades de atuação das nossas 650 associadas, diretas e indiretas, e para isso contamos com o programa de internacionalização – cujo objetivo é ampliar ainda mais a atuação da ACATE -, que prevê a realização de uma missão para o Vale do Silício ainda neste ano.
Fomento governamental
Segundo o secretário Paulo Bornhausen, após três anos de ações na secretaria, é preciso avançar no fomento à inovação, principalmente nos assuntos relacionados à infraestrutura, formação de pessoas e atração de investimentos. “Nesse contexto, disseminar o conhecimento e apresentar diferentes visões, por meio de iniciativas como essa, é fundamental.” No encontro, os empresários puderam conhecer o TECPrevi e ainda foram convidados a responder o formulário de mapeamento do programa Geração TEC até o final deste mês, de modo a criar cursos que atendam às demandas de mão-de-obra específicas de cada região para o setor de TI. O especialista em Gestão do Senai/SC, Jairo Freitas, apresentou o programa do Governo Federal Pronatec, que tem como objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica, solicitando também a participação das empresas.