Especialista aponta necessidade do fortalecimento de instituições ligadas à transferência de conhecimento
Pesquisador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o cientista social português Pedro Ferraz aponta que as organizações que trabalham com captação, processamento e transferência de informações científicas de ponta serão a ponte tecnológica entre o passado analógico e o futuro digital. No Brasil, este papel cabe ao Instituto Brasileiro de Informação, Ciência e Tecnologia (Ibict).
Pesquisador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o cientista social português Pedro Ferraz aponta que as organizações que trabalham com captação, processamento e transferência de informações científicas de ponta serão a ponte tecnológica entre o passado analógico e o futuro digital. No Brasil, este papel cabe ao Instituto Brasileiro de Informação, Ciência e Tecnologia (Ibict).
O lusitano avalia que instituições que trabalham diretamente com o universo da ciência da informação serão agentes decisivos nessa nova ordem informacional. A explicação do cientista social é que a explosão do acesso à informação e a expansão do relacionamento interpessoal, por meio da internet, exige dos países um fortalecimento das instituições voltadas para a Ciência da Informação. Ele diz ainda que é necessário um modelo de “e-planning para governança”.
“Isso implica necessariamente na adoção de políticas públicas direcionadas para essa transformação global”, observa o pesquisador português.
Pedro Ferraz diz que o Ibict terá duas missões fundamentais na nova ordem digital. A primeira é servir como instrumento de processamento e multiplicação do conhecimento gerado pela pesquisa básica nas universidades para que esses dados possam ser partilhados por toda a sociedade. A segunda é servir de instrumento ativo na transferência de tecnologias inovadoras em ciência e tecnologia para todas as comunidades, das mais avançadas às mais carentes.