Entrevista: Ricardo Grassmann, diretor da Vertical de Energia da ACATE
Cerca de 150 pessoas, entre representantes do governo, concessionárias de energia, fornecedores e centros de pesquisa, desenvolvimento e inovação do Brasil, participaram do Workshop de apresentação dos resultados do mapeamento de fornecedores nacionais de TIC para Redes Elétricas Inteligentes, realizado em 11 de junho, no auditório da Confederação Nacional do Comércio (CNC), em Brasília.
Cerca de 150 pessoas, entre representantes do governo, concessionárias de energia, fornecedores e centros de pesquisa, desenvolvimento e inovação do Brasil, participaram do Workshop de apresentação dos resultados do mapeamento de fornecedores nacionais de TIC para Redes Elétricas Inteligentes, realizado em 11 de junho, no auditório da Confederação Nacional do Comércio (CNC), em Brasília.
O diretor da Vertical Energia da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE), Ricardo Grassmann, diretor-presidente da Way2, participou da mesa que debateu os principais temas identificados no Mapeamento de Fornecedores Nacionais de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) para Redes Elétricas Inteligentes (REI), realizado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), como entraves, recomendações, pontos positivos e oportunidades para o setor. Confira a entrevista que Grassmann concedeu ao Portal ABES.
Qual é o seu balanço do workshop?
Excelente. O workshop tinha como tema central a apresentação do mapeamento da cadeia de fornecedores nacionais de tecnologia da informação e comunicação para Smart Grid. Além disso, a ABDI aproveitou a oportunidade para promover mais discussões. Todos os stakeholders do tema estavam representados, a discussão foi de alto nível e o resultado foi excelente com muito material para enriquecer o relatório.
Na sua opinião, quais são os principais pontos do mapeamento?
A principal conclusão é que para termos de fato o desenvolvimento do mercado para redes inteligentes, é fundamental um alinhamento entre a política industrial, política de telecomunicações e a política do setor. Todos os agentes, instituições e entidades governamentais devem atuar de acordo com uma política de longo prazo bem planejada e alinhada, caso contrário não entregaremos à sociedade os benefícios que a rede inteligente pode e deve prover.
Outro ponto a destacar é que apesar dos investimentos em P&D já terem ultrapassado R$ 1 bilhão, provavelmente chegando a R$ 3 bilhões no biênio 2013/2014 ainda é muito pouco em relação aos valores necessários para a implantação em escala do conceito.
O que traz dessa experiência para Santa Catarina?
Através do mapeamento identificou-se que existe parte da cadeia produtiva muito bem atendida com fornecedores nacionais, mas em algumas verticais existem inúmeras oportunidades para desenvolvimento de tecnologia nacional. O Estado de Santa Catarina com sua tradição de inovação e empreendedorismo pode aproveitar a oportunidade para mais uma vez despontar com soluções para a cadeia de valor de redes inteligentes.
Alguma outra informação que queira destacar?
O mapeamento nacional é apenas uma das etapas previstas no projeto de Mapeamento da Cadeia de Fornecedores de TIC para Redes Elétricas Inteligentes. Outra etapa que acontecerá no decorrer de 2014 e será fundamental na análise e sucesso deste mercado é a de identificação e avaliação dos modelos de negócio. As alternativas de modelo de negócio podem ser a solução para a difícil equação financeira de roll-out total das Redes Elétricas Inteligentes no Brasil caso estejam alinhadas com outras tendências com a das Cidades Inteligentes e Internet das Coisas (IoT). Por esta razão o alinhamento das políticas públicas de longo prazo é tão fundamental para a desenvolvimento do nosso país e de nossa sociedade.