MCTI estuda renovar cooperação com o Chile
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz, recebeu nesta quinta-feira (25) a delegação com os presidentes da Comissão Nacional de Pesquisa Científica e Tecnológica (Conicyt, na sigla em espanhol), Francisco Brieva, e da Academia Chilena de Ciências, Juan Asenjo, além do embaixador do Chile no Brasil, Jaime Gazmuri, para discutir a cooperação binacional.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz, recebeu nesta quinta-feira (25) a delegação com os presidentes da Comissão Nacional de Pesquisa Científica e Tecnológica (Conicyt, na sigla em espanhol), Francisco Brieva, e da Academia Chilena de Ciências, Juan Asenjo, além do embaixador do Chile no Brasil, Jaime Gazmuri, para discutir a cooperação binacional.
"Temos interesse em ampliar as nossas relações com o Chile", declarou Campolina. "Creio que é importante aumentar o intercâmbio aqui na América Latina, em especial com o Chile, que tem boas universidades e uma tradição educacional mais consolidada. Agora, precisamos incrementar nosso diálogo e identificar temas comuns para ir adiante com projetos de pesquisa conjuntos."
Brieva também ressaltou a necessidade de fortalecer os laços entre os dois países em ciência, tecnologia e inovação (CT&I). "Para o atual momento, precisamos modernizar a nossa relação. Podemos explorar diversos caminhos e capacidades específicas para resgatar uma colaboração que hoje em dia é imprescindível", disse o presidente do Conicyt.
A parceria binacional começou oficialmente em 1990, com a assinatura do Acordo de Cooperação Científica, Técnica e Tecnológica, e ganhou fôlego em 2007, quando um memorando de entendimento entre MCTI e Conicyt estabeleceu um plano trienal em áreas como astronomia, biotecnologia, energia, mineração e tecnologias da informação e comunicação (TICs).
Intercâmbio
Campolina informou à delegação que ele defende maior integração entre estudantes e professores da América Latina. "Seria benéfico para os países intensificar o intercâmbio entre as universidades, porque elas formam os recursos humanos básicos", propôs. "No Brasil, todos querem ir ao [hemisfério] Norte e eu creio que aconteça o mesmo no Chile. Mas temos boas universidades e os nossos sistemas de pós-graduação se desenvolveram nas últimas décadas."
O ministro se comprometeu a discutir com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) um arranjo para ampliar a mobilidade entre as universidades brasileiras e chilenas.
Capes, CNPq e Conicyt, na opinião do secretário executivo do MCTI, Alvaro Prata, têm capacidade de mapear campos de pesquisa comuns para lançar editais voltados a projetos conjuntos. "As agências brasileiras estão sempre dispostas a firmar convênios internacionais. Caberia a nós promover algum seminário para identificar áreas e, na sequência, fazer as chamadas", ressaltou Prata.
Parceria
Campolina destacou ainda que a parceria com os chilenos pode contribuir para o desenvolvimento e a implantação de programas do MCTI, como o Programa Antártico Brasileiro. Além de compartilhar projetos de pesquisa no continente gelado, o país oferece suporte logístico para a reconstrução da Estação Comandante Ferraz por meio da cidade portuária de Punta Arenas.
Segundo Juan Asenjo, as academias chilena e brasileira de ciências são muito próximas e têm promovido a cooperação binacional – caso de um convênio recente entre a Universidad de Chile e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). "Nós queremos seguir o exemplo exitoso de vocês e criar um ministério de ciência e tecnologia no nosso país", contou.
Brasileiros e chilenos se encontram novamente sexta-feira (26), na 3ª Reunião do Grupo de Trabalho Binacional Brasil-Chile de Cooperação em Ciência, com presença do secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Armando Milioni, que, segunda (22) e terça-feira (23), participou do Diálogo Regional de Políticas de Inovação, Ciência e Tecnologia, promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Santiago.