2015: O ano em que a SDN e a virtualização de rede se tornarão mainstream
Grande parte de 2014 foi gasta discutindo redes definidas por software (SDN), funções de virtualização de rede (NFV), e outras "novas" tecnologias de rede. Ouvimos também debates sobre os méritos da Internet das Coisas e todas as maravilhas que ela vai proporcionar ao mundo. Podemos dizer que 2014 foi, até certo ponto, um ano de conversas.
Grande parte de 2014 foi gasta discutindo redes definidas por software (SDN), funções de virtualização de rede (NFV), e outras "novas" tecnologias de rede. Ouvimos também debates sobre os méritos da Internet das Coisas e todas as maravilhas que ela vai proporcionar ao mundo. Podemos dizer que 2014 foi, até certo ponto, um ano de conversas.
Passamos muito tempo definindo SDN em fóruns e formando novos organismos de normalização, mas não era incomum ouvir clientes, mídia e provedores de serviços pedindo algo tangível em meio à discussão de seus benefícios. Afinal, onde estavam as implantações em massa?
Em suma, 2014 foi o ano em que mudamos peças estrategicamente no tabuleiro do mercado de redes, mas nunca chegamos ao ponto de chamar de "xeque-mate".
O mesmo acontecerá em 2015, ou vamos finalmente ver vencedores emergindo e o novo ecossistema do mercado de redes tomar forma?
É inegável que a era SDN e NFV ainda está em sua infância. Mas o cenário vai mudar em breve, de acordo com o estudo "2014 SDN Strategies: North American Enterprise", da Infonetics Research. O levantamento estima que 87% das empresas norte-americanas pretendem ter SDN em seus centros de dados em 2016. A partir dessa perspectiva, SDN está no caminho certo.
Até aqui, as implantações têm mantido o hype um pouco fraco, mas SDN é a tecnologia mais transformadora que desenvolvemos em décadas. Nos conscientizaremos disso em mais 10 anos, talvez menos.
Em 2015 começaremos a ver as primeiras implementações de SDN em redes de telecomunicações em todo o mundo. Este será um passo enorme, que poderá impulsionar a SDN para alcançar uma massa crítica; esperamos SDN implantada em redes submarinas globais para permitir serviços mais dinâmicos, como jamais visto no passado.
Também vamos começar a ver NFV se transformar na tecnologia da hora. Tivemos sussurros de NFV em 2014, mas 2015 promete colocar a discussão no mapa, como aconteceu com SDN nos últimos 12 meses. Assim que resultados tangíveis do que software pode fazer por uma rede começarem a ser perceptíveis, as pessoas começarão a ver vantagens em substituir as funções de hardware com equivalentes virtualizados. Será apenas questão de tempo. A pesquisa da Infonetics apoia essas previsões, bem como o relatório "Carrier SDN and NFV Hardware and Software Market Size and Forecast", que prevê que os mercados NFV e SDN irão atingir 11000 milhões de dólares em todo o mundo em 2018. Junto com as grandes teles anunciando implantações SDN, também veremos implantações NFV iniciais em empresas high-touch.
Transmissões 4K serão padrão
Durante 2015 veremos muito mais conteúdo 4K disponível e trafegando nas redes, graças, em grande parte, a players como a Netflix, que já tem planos de ofertas Ultra HD.
Na verdade, relatório recente da ACG Research constatou que o uso de serviços de vídeo streaming 4K, que consomem três a quatro vezes mais largura de banda do que HDTV, vão crescer de 2% em 2014 para 12% em 2018. A velocidade mínima necessária para 4K / Ultra HD é em torno de 16 megabits por segundo, o que resultará em uma maior pressão sobre as redes.
Grandes esperanças para as Small Cells
Como as redes móveis existentes estão cada vez mais congestionadas e a implantação de novas torres é cada vez mais difícil, as operadores móveis vão procurar aliviar a carga de tráfego através da implantação de um aumento do número considerável de Small Cells, que também irão melhorar significativamente a cobertura global de rede, especialmente dentro de casa, onde a maioria das pessoas realmente usa seus smartphones. As Small Cells descarregam parte do congestionamento das torres existentes, melhorando significativamente a experiência do cliente.
Pesquisa recente realizada pela Infonetics Research descobriu que os operadores móveis estão planejando deslocar mais de 20% do seu tráfego móvel da rede macro para Small Cells em 2018. Prevemos que 2015 será o ano em que as implantações de Small Cells serão amplamente adotados pelos operadores móveis, especialmente em mercado mais maduros, como parte do processo natural de seleção de tecnologias e produtos de backhaul, tecnologias e arquiteturas de interconexão.
Estes são apenas um punhado das tendências tecnológicas que esperamos ver em 2015, mas algumas coisas são claras: mais capacidade será mais necessária do que nunca, em mais locais e formas de maximizar a capacidade das redes e de descobrir como rentabilizá-las continuarão a dominar as discussões.
Fonte: CIO