Empreendedores sociais brasileiros terão acesso a metodologia de negócios desenvolvida no Vale do Silício
O Social Good Brasil vai atuar como multiplicador no Brasil da metodologia desenvolvida e usada pelo Global Benefit Institute (GBSI) para apoio a projetos de empreendedorismo social. Criado em 2003 dentro da Universidade de Santa Clara, em San Francisco, o GBSI é pioneiro no apoio especializado a negócios sociais e conta com a parceria de empreendedores e executivos de empresas do Vale do Silício, vários deles atuando como mentores em projetos mantidos pelo Instituto.
O Social Good Brasil vai atuar como multiplicador no Brasil da metodologia desenvolvida e usada pelo Global Benefit Institute (GBSI) para apoio a projetos de empreendedorismo social. Criado em 2003 dentro da Universidade de Santa Clara, em San Francisco, o GBSI é pioneiro no apoio especializado a negócios sociais e conta com a parceria de empreendedores e executivos de empresas do Vale do Silício, vários deles atuando como mentores em projetos mantidos pelo Instituto.
A metodologia do GBSI é focada em aspectos técnicos e operacionais do negócio social. “Entre os conceitos considerados muito importantes dentro da metodologia estão a gestão financeira do empreendimento social, o plano de crescimento e a maximização do impacto das ações de cada organização”, diz a coordenadora do Social Good Brasil Lab, Bárbara Basso. Ela e a presidente do SGB, Fernanda Bornhausen Sá, participaram de um treinamento especial na sede do GBSI e vão ser as responsáveis pela implantação da metodologia no País.
Além do Social Good Brasil, apenas outras seis organizações de todo o mundo estiveram em San Francisco e vão desenvolver ações semelhantes em países como o México, El Salvador e as Filipinas. A transferência de metodologia vai exigir adequações à realidade de cada país. Nos próximos meses, a equipe do Social Good Brasil vai atuar na adaptação de conceitos e definição de casos e temas que serão estudados e que estejam alinhados às dificuldades e necessidades do empreendedor social brasileiro.
Essa etapa do trabalho segue até o fim de novembro. No início de dezembro – nos dias 4, 5 e 6 – ocorre o primeiro Boost Camp Social Good Brasil – GBSI. O evento terá a participação de uma mentora vinda dos Estados Unidos e vai reunir empreendedores selecionados entre os participantes das três edições do LAB, o laboratório de apoio a projetos do Social Good. “Serão dias de trabalho intenso e muita ‘mão na massa’. Os responsáveis pelos projetos escolhidos vão desenvolver planos de crescimento, gestão e impacto para um período de doze meses”, diz Bárbara. A discussão abrange ainda assuntos como relação com potenciais investidores e a construção de projetos que sejam capazes de “caminhar sozinhos”.
A aproximação com o Instituto da Universidade de Santa Clara trouxe outros benefícios. A partir de agora o Social Good Brasil integra a rede do GBSI e no futuro pode trazer e disseminar no Brasil outras tecnologias de gestão e inovação desenvolvidas no Vale do Silício. “Também temos muito a aprender com o próprio GBSI e no contato com as outras organizações que participaram do treinamento e com as quais manteremos contato a partir de agora”, diz Bárbara.
Outras seis organizações foram selecionadas pelo GBSI para o treinamento. A Alterna Impact mantém uma incubadora de projetos e busca o fortalecimento do ecossistema de empreendedorismo social na Guatemala. A holandesa Child and Youth Finance International – Ye! Community conecta jovens empreendedores ao redor do mundo a diversas ferramentas e recursos e a um programa de coaching gratuito para reduzir o desemprego por meio do apoio a jovens empresários. Tem parceiros em Gana, no Quênia e nas Filipinas. A espanhola Momentum Project, da ESADE Business School contribui para o desenvolvimento de empreendimentos sociais em El Salvador. A Marquette University Social Innovation Initiative, dos Estados Unidos, aproveita a imaginação criativa de alunos, professores e comunidade para resolver os problemas sociais na região de Milwaukee. A israelense Minga – Social Enterprise Arena incentiva e capacita empreendedores sociais em Israel, fornecendo ferramentas, metodologia, rede de parceiros e mentores para aumentar suas chances de sucesso e acesso a financiamentos. E a mexicanna POSiBLE mantém programas para apoiar e promover iniciativas que buscam resolver problemas sociais e ambientais complexos no país.