Empresas juniores são alternativas para quem quer empreender na universidade
Em um mercado cada vez mais inovador e competitivo, a “geração Y” busca no empreendedorismo uma maneira de se adaptar a evolução econômica. Segundo Muhammad Yunus, vencedor do Nobel da Paz em 2006 e referência em empreendedorismo social, todos nós nascemos com o dom de empreender, mas esse espírito é reprimido durante nossa infância pelos pais e o sistema educacional antigo.
Em um mercado cada vez mais inovador e competitivo, a “geração Y” busca no empreendedorismo uma maneira de se adaptar a evolução econômica. Segundo Muhammad Yunus, vencedor do Nobel da Paz em 2006 e referência em empreendedorismo social, todos nós nascemos com o dom de empreender, mas esse espírito é reprimido durante nossa infância pelos pais e o sistema educacional antigo. Mas na universidade alguns projetos de extensão têm o propósito de desenvolver o lado empreendedor dos estudantes, como a ESAG JR, empresa júnior de consultoria dos cursos de Administração Empresarial, Administração Pública e Ciências Econômicas da ESAG/UDESC. Com 20 anos de existência, cerca de 40 alunos passam pela empresa anualmente.
A ESAG Jr. faz parte de um dos principais grupos estudantis do Brasil, o Movimento Empresa Júnior. As Empresas Juniores (EJ) são organizações sem fins lucrativos, formadas por universitários, e têm como objetivo o impacto positivo na sociedade com projetos de consultoria, aliando a teoria acadêmica com a prática empresarial. As EJs cobram preços abaixo de mercado para micro e pequenos empreendedores, e possuem acompanhamento dos professores e profissionais do mercado. Em Santa Catarina, o movimento reúne mais de 600 jovens empreendedores de diversas partes do estado, e 22 empresas juniores de áreas de atuação diferentes, como jornalismo, design, engenharias e biologia.
Gabriela Benvenutti, ex-membro da Esag Jr. e atual assessora da Endeavor Brasil – maior instituição apoiadora de empreendedores do país -, ressalta o aprendizado nas áreas de RH e Comercial da Esag, que usa até hoje na Endeavor. “As duas áreas são baseadas em relacionamentos. Tanto que naquela época, na área do Comercial, a gente via qual era a dor do cliente, e hoje é o que eu faço. O que vemos é a necessidade de um cliente, que mentor eu devo conectar com ele? Quem mais pode ajudá-lo?”
Para Benvenutti, a experiência vivida em uma uma empresa júnior é um ótimo complemento para os acadêmicos, já que os membros desenvolvem um contato antecipado com a profissão antes da se graduar, e desenvolvem competências em empreendedorismo e gestão. Em uma EJ, além de os estudantes serem incentivados a executar projetos, eles tem uma responsabilidade na gestão interna da empresa, sendo divididos em diretorias como uma empresa de verdade, seja marketing, financeiro ou recursos humanos. Com isso, os membros podem impactar positivamente no desenvolvimento de pequenas empresas através de seus serviços, e são estimulados a terem novas ideias de negócios.