Empreendedorismo feminino cresce e promove empregos
O empreendedorismo feminino está em contínuo crescimento e tem emergido como uma força essencial para o avanço econômico do país. Hoje, o Brasil soma um grande percentual de mulheres empreendedoras. […]
O empreendedorismo feminino está em contínuo crescimento e tem emergido como uma força essencial para o avanço econômico do país. Hoje, o Brasil soma um grande percentual de mulheres empreendedoras. Só em Santa Catarina, mais de 400 mil negócios foram fundados e são liderados por mulheres, o que representa 38% das empresas ativas do Estado, segundo levantamento do Sebrae Nacional. Nem mesmo a pandemia da Covid-19 foi capaz de retardar o avanço feminino no setor dos negócios, que apresentou um salto de crescimento a partir de 2019.
No estudo Empreendedorismo Feminino 2022, realizado também pelo Sebrae com dados do IBGE, as mulheres representavam 34,4% do universo de donos de negócios no país. Na sua maioria, elas estão envolvidas em serviços. O número de mulheres empreendedoras que empregam aumentou em 30% de 2021 para 2022, representando um acréscimo de aproximadamente 300 mil mulheres proprietárias de negócios empregadores.
De acordo com o levantamento de 2023 do Sebrae Nacional, o perfil feminino, em suas nuances, revela-se em um nível de maturidade traduzido na faixa etária e faixa de escolaridade. O tempo médio de duração de uma pequena empresa feminina é de 10 anos, frente a 4 anos para empresa masculina do mesmo porte, por exemplo. Além disso, cerca de 90% dos respondentes contam com escolaridade estimada em superior completo ou ensino médio completo, com predominância de mulheres com formação superior.
Em entrevista recente para a NSC Total, Betina Zanetti Ramos, pesquisadora, empreendedora, diretora do Grupo Temático (GT) Mulheres ACATE e vice-presidente de Integração da Associação, discorreu sobre como as mulheres podem construir carreira nas áreas científica ou de tecnologia. Para Betina, o mundo, hoje, está mais promissor para isso porque décadas atrás, uma mulher não podia nem mesmo assinar um artigo científico.
“Vemos marcos incríveis nessa evolução. Tanto que hoje as mulheres perfazem participação igual ou até superam os homens em graduação, embora, em algumas áreas, como ciências, matemática e computação a predominância maior ainda é de homens”. Apesar das mudanças significativas no cenário empreendedor, a persistência de uma cultura predominantemente masculina ainda apresenta obstáculos significativos para as mulheres empreendedoras. “É por isso que no GT mulheres, um dos pilares em que trabalhamos muito, é mostrar para as meninas que essas áreas precisam de mais mulheres”, destaca Betina.
Para impulsionar ainda mais a participação feminina nos empreendimentos catarinenses e no setor de inovação e tecnologia, o GT Mulheres ACATE apoia, desde 2018, diversas iniciativas e programas de formação. Isso implica não apenas em promover habilidades específicas relacionadas ao empreendedorismo, mas também em promover o desenvolvimento de competências interpessoais, autoestima e capacidade de enfrentar desafios, viabilizando um ambiente que encoraje e capacite as mulheres a se sentirem confiantes em suas capacidades, garantindo que elas se sintam empoderadas para perseguir e alcançar seus objetivos profissionais e empreendedores.
Se você é uma mulher empreendedora ou está pensando em começar um negócio, saiba que não está sozinha. O Grupo Temático Mulheres ACATE é um movimento colaborativo e conta com a adesão de mais de 110 mulheres que já estão construindo – ou querem construir – o futuro da tecnologia em Santa Catarina. Podem participar regularmente dos encontros periódicos do grupo todas as mulheres empreendedoras, sócias-fundadoras, CEOs, diretoras ou interlideranças de empresas associadas à ACATE. Saiba mais aqui!
Imagem: Freepik
- Artigos