Quatro recursos tecnológicos que melhoram a imagem da TI
Aproveitar as novas tecnologias com espírito empreendedor pode ajudar o CIO e sua equipe a criarem uma imagem mais positiva para as áreas de negócio. Mais do que isso, a pensarem em projetos de baixo custos que tragam grandes oportunidades para a organização.
Para ser levado a sério, o departamento de TI deve mostrar o potencial das tecnologias inovadoras e comprovar resultados para a área de negócios. Essa é a chave para tirar o estigma de que o CIO lidera uma equipe operacional e mostrar o quanto os profissionais do TI podem ser estratégicos e dinâmicos.
Aproveitar as novas tecnologias com espírito empreendedor pode ajudar o CIO e sua equipe a criarem uma imagem mais positiva para as áreas de negócio. Mais do que isso, a pensarem em projetos de baixo custos que tragam grandes oportunidades para a organização.
Para ser levado a sério, o departamento de TI deve mostrar o potencial das tecnologias inovadoras e comprovar resultados para a área de negócios. Essa é a chave para tirar o estigma de que o CIO lidera uma equipe operacional e mostrar o quanto os profissionais do TI podem ser estratégicos e dinâmicos.
Claro que desenvolver um projeto inovador requer mais do que simples entendimento sobre a tecnologia em questão. É necessário fazer análises de custo, benefícios e observar profundamente o potencial de geração de receitas – questões nem sempre fáceis para o departamento de TI.
Para evitar que a nova atitude “queime” o profissional mais do que ajude, o melhor é começar com projetos de baixo risco.
Na sequência, acompanhe quatro exemplos de recursos tecnológicos que têm condições de melhorar a imagem da TI na organização, tornando-a mais estratégica.
1 – APIs
As APIs (do inglês Application Programming Interfaces) estão entre os grandes trunfos dos negócios Web bem sucedidos, que as utilizam para compartilhar informações e tirar o máximo dos dados que conseguem reunir.
Em uma corporação, funciona da mesma maneira: uma API é capaz de enriquecer as aplicações da empresa, permitindo, por exemplo, uma integração maior entre informações com empresas parceiras, como o compartilhamento de base de consumidores.
Impulsionadas por outras tendências como Cloud, Mobilidade, SOA (Arquitetura Orientada a Serviços) e Internet das Coisas, muitas empresas começam a demonstrar interesse em fornecer APIs para seus parceiros e clientes, como também, e de forma mais abrangente, para o ecossistema de desenvolvimento de Apps, para que ele possa fazer com que as informações da empresa cheguem a lugares onde não poderiam chegar com as tradicionais integrações caso a caso.
Vejamos:
@ Mobilidade: o desenvolvimento de aplicativos móveis é sensivelmente facilitado quando a empresa já possui, em seu backend, as APIs para consultas e transações que precisam ser usadas pelos aplicativos móveis;
@ SOA: o uso de APIs tem sido a mola propulsora para levar o valor de SOA para além das fronteiras das empresas;
@ Cloud: as APIs são tipicamente disponibilizadas como uma camada de fronteira localizada na nuvem, que intermedia o acesso aos serviços internos localizados nos sistemas corporativos das empresas.
Mas o uso de APIs deve ser feito com recursos avançados de segurança, pois ao mesmo tempo em que promovem a automação, elas podem abria a porta para ameaças virtuais.
Claro que desenvolver um projeto inovador requer mais do que simples entendimento sobre a tecnologia em questão. É necessário fazer análises de custo/benefício e observar profundamente o potencial de geração de receitas – questões nem sempre fáceis para o departamento de TI. Com as APIs, o departamento de negócios pode entrar como parceiro no projeto para analisar qual o máximo de ganho que pode ser obtido com o compartilhamento de dados com os parceiros.
2 – Social Business
Social Business é a capacidade de uma empresa produzir conhecimento de forma colaborativa, gerir conhecimento, compartilhar informações, eliminar barreiras, acelerar processos, inovar e aproximar clientes, fornecedores e parceiros.
A implantação de uma iniciativa social deve estar atrelada a um objetivo da empresa ou a um propósito, o qual irá originar um plano de implantação, que será analisado por meio de métricas pré-determinadas e monitorado, de preferência, por um gestor de comunidade. Durante o processo de implantação, é importante revisar as políticas internas da empresa e, se for o caso, adaptar para uma versão que suporte a iniciativa de social business. Essa fase é estratégica para fomentar o engajamento por parte dos usuários e pode seguir cinco etapas: preparação, lançamento, expansão, monitoramento e aprimoramento.
Mas os gerentes de negócios ainda quebram a cabeça tentando encontrar maneiras de tirar vantagem do poder das redes sociais. Os planos que os departamentos de negócios elaboram são complicados e envolvem um grande volume de programação, às vezes sem garantia de resultado. Você pode começar com passos simples.
Twitter, Facebook, Google+ e Linkedin facilitam o compartilhamento de conteúdo por visitantes de sites de terceiros. Qualquer mensagem pode ser adicionada, facilitando a vida dos visitantes que querem compartilhar conteúdo ou anúncios do site. Quando os usuários clicam nesses links, eles serão levados para sua rede preferida. Se não estiverem logados, a própria rede se encarregará de exigir a autenticação. Em outras palavras, isso livra a empresa de ter de lidar com a responsabilidade da autenticação.
Há ainda a opção de verificar a identidade do usuário com protocolos específicos, garantindo uma integração mais detalhada e ferramentas mais complexas. O chamado login social.
De fato, o Social Login como alternativa para o preenchimento de um formulário de cadastro tem vários benefícios para o administrador do site:
1. Aumenta as taxas de opt-in, fazendo login do visitante processo mais fácil;
2. Fortalece a percepção social de sua marca;
3. Melhora a coleta de dados através da captura de um perfil de visitante e armazená-lo em seu banco de dados;
4. Ajuda a ajustar suas estratégias aos diferentes tipos de dados que vão receber, dependendo da rede social usada pelo visitante para entrar no seu site.
Mas convencer o departamento de negócios de que isso é necessário pode ser difícil. E é aí que entram os primeiros exemplos, cuja experimentação é mais simples. A ideia é começar pequeno, mostrar resultados e convidar o departamento de negócios a contribuir com ideias para aprimorar as ferramentas. Fica mais fácil vender o projeto.
3 – Aplicativos móveis
O smartphone já é plataforma dominante nas corporações, mas criar um aplicativo para este dispositivo pode ser um pesadelo. A demanda por desenvolvedores especializados é alta e alguns fabricantes, como a Apple, são muito criteriosos sobre o que é permitido nos equipamentos.
Claro que essa abordagem tem mais valor para alguns negócios do que para outros, como no caso daqueles que têm muito trabalho remoto a ser feito, ou em deslocamento. O segredo é identificar dados e transações mais importantes para esse tipo de funcionário e oferecer opções em tecnologia móvel. Para tanto, é uma boa ideia manter diálogo com os usuários, principalmente áreas de vendas e desenvolvimentos de negócios, para o desenvolvimento de um plano.
O primeiro aplicativo móvel é sempre um desafio para os líderes de TI. Por um lado, os CIOs ficam entusiasmados com o potencial dos aplicativos móveis, mas na maioria das vezes trabalham pressionados a entregar novos apps, cada vez mais atraentes para usuários móveis, executivos e clientes.
Os líderes de TI já entenderam que para serem realmente úteis, os aplicativos móveis têm de nascer como móveis e não meras adaptações de aplicativos prévios feitos para o Windows, o Mac OS ou a Web. Eles precisam ser desenvolvidos a partir do zero, não só para funcionar bem dentro dos limites das telas de dispositivos móveis, memória e poder de computação limitados, mas também para tirar proveito de recursos que tradicionalmente não estão disponíveis em desktops, como múltiplas câmeras, telas sensíveis ao toque, animação e comunicação multimídia.
Mas migrar para o conceito de “móvel primeiro” exige que os gestores de TI repensem a mistura de talentos e especialização que eles possuem nos times de design de aplicações, desenvolvimento, gerenciamento e manutenção.
Para facilitar as coisas, um website pronto para smartphones é uma boa saída. Desenvolver um aplicativo em linguagem HTML, em vez de focar em sistemas operacionais individuais, facilita a implementação em múltiplas plataformas. Usar um código nativo para cada plataforma pode melhorar o desempenho e a integração com recursos bult-in, mas exigirá muito mais esforço.
A principal vantagem desse modelo de App Web é que ele é do tipo “escreva uma vez, transporte para qualquer lugar” ou perto disso. Adaptar para diferentes tipos de equipamentos móveis é fácil. E os programadores podem usar linguagens familiares de web, como o HTML5.
O problema? Tais aplicativos não conseguem tirar vantagem dos recursos dos smartphones e tablets, como GPS e múltiplas câmeras. Para isso, é preciso escrever diferentes versões de cada aplicação usando linguagens de programação, plug-ins e APIs específicas para equipamentos móveis, seja um iPhone ou uma versão específica de Android.
Mas com o avanço do HTML os gestores de TI agora têm uma terceira opção, híbrida, que usa código baseado em web para o corpo do aplicativo e código nativo e plug-ins para tirar proveito dos recursos proprietários de cada sistema operacional móvel. O facilitador disso é o protocolo HTML5, do Worldwide Web Consortium’s (W3C), com recursos poderosos de animação e interação em web e pode rodar em múltiplas plataformas. O W3C ainda precisa ratificar completamente certos elementos do protocolo, como o cachê, que permite aos usuários móveis trabalharem offline. Mas isso não impede muitos gestores de TI de usar ou ter planos de uso para ele.
Empresas que lidam diretamente com consumidores não têm muitas alternativas a não ser dar suporte a múltiplas plataformas. Mesmo quando se trata de usuários internos, executivos de TI reportam diferentes graus de sucesso no controle ou limitação dos aparelhos móveis que os empregados, particularmente os executivos, vão carregar.
A boa notícia é que há uma avalanche de plataformas de desenvolvimento de aplicativos móveis vinda de empresas como Sybase, Appcelerator, IBM, Sencha, Syclo e até Intel, que pode assumir boa parte do trabalho bruto de programar apps móveis que podem rodar em modo nativo em várias plataformas.
Mas lembre-se: desenvolver apps é só um pedaço de uma estratégia bem-sucedida. Primeiro, desenvolver aplicativos não quer dizer apenas escrever códigos, mas também testá-los, o que é essencial para uso interno e entre empresas (B2B). Avalie se você possui tempo e equipe suficientes para testar e resolver os bugs do software, especialmente ao desenvolver para várias plataformas. Isso vai reduzir suas escolhas por plataformas ou em usar uma solução comercial (off-the-shelf). Segundo, uma vez que você se comprometa com o desenvolvimento de aplicativos móveis, especialmente para consumidores, terá de atualizá-las frequentemente – mais do que em um website tradicional. Isso não é fácil ou barato, mas é necessário.
4 – Soluções geográficas
Todo departamento de TI tem bancos de dados que poderiam adicionar mais duas colunas: latitude e latitude. É um recursos que cresce muito nos dias de hoje, graças a smartphones e browsers. E que, se bem utilizados, podem trazer um ganho enorme.
Adicionar dados geográficos pode ser muito importante para saber de tendências, regiões de foco, relatórios estatísticos, entre outras coisas. E os testes são fáceis de serem realizados, com tantas ferramentas disponíveis.
Segundo a Gartner, o serviço de GPS já estão em mais de 3/4 dos telefones móveis, e isso deverá estimular a criação de aplicativos, embora as questões de privacidade requeiram atenção constante.
É bom lembrar também que nem todos os usuários aprovam a revelação das coordenadas exatas, mas um simples CEP já pode fazer muito por esse tipo de sistema.
Não há limites para experimentações
As ideias acima servem mais como linhas guias do que podem ser projetos com o potencial de melhorar o fluxo de caixa e gerar oportunidades de negócios. Nenhum dos exemplos vai mudar os fundamentos da companhia, mas mostram que alguns ajustes extras são sim capazes de trazer ganhos.
O ideal é que os profissionais pensem em seus próprios projetos de baixo risco e vá plantando a semente. Todos os novos produtos, tecnologias e ferramentas trazem oportunidades como estas. É apenas questão de se antecipar e aproveitar as chances.
Mas, lembre-se: quando o assunto é inovação, a falta de alinhamento entre as áreas do negócio, de autoridade do gestor de TI para monetizar algumas ideias e de atualização dos profissionais envolvidos prejudicam os resultados dos projetos e geram frustração por parte do board.
Para evitar as decepções relacionadas ao padrão aberto de inovação, quando estiverem no comando desses projetos, CIOs devem prestar atenção e priorizar os seguintes quesitos:
• Alinhamento: o gestor de TI deve orientar colaboradores envolvidos no processo de inovação para garantir que suas metas estejam de acordo com as necessidades do negócio ou demandas do mercado na qual a companhia está inserida. É preciso focar as energias nos programas que agradarão consumidores, parceiros, melhorarão o fluxo de trabalho interno ou outra atividade que traga resultados práticos. Para tanto, os líderes devem elaborar políticas eficazes de comunicação com suas equipes;
• Autoridade: o CIO deve ter o poder e a credibilidade suficientes para influenciar o board no sentido de investir nas iniciativas propostas pelos colaboradores e que têm potencial para beneficiar a operação. Além disso, os diretores de TI devem assegurar que a empresa tenha a infraestrutura necessária para pesquisar e desenvolver mecanismos para monetizar as ideias;
• Atualização: um dos maiores desafios enfrentados durante um processo de estímulo à inovação é o desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores da companhia. Sem funcionários extremamente capacitados, a chance de alcançar os objetivos de criar processos e/ou produtos que tragam resultado positivo ao negócio é quase nula.