Cenário Tecnológico de Saúde para 2016
O ano de 2016 começou com algumas ressalvas no mercado devido a retração econômica do país. Tal cenário impactou diretamente em diversas áreas e a saúde foi uma das que sofreu com esse impacto negativo. A meta é clara: reduzir custos, otimizar tempo e evitar desperdícios.
O ano de 2016 começou com algumas ressalvas no mercado devido a retração econômica do país. Tal cenário impactou diretamente em diversas áreas e a saúde foi uma das que sofreu com esse impacto negativo. A meta é clara: reduzir custos, otimizar tempo e evitar desperdícios.
Segundo Fernando Monlin, diretor de operações da Gtt, “em relação ao mercado de saúde, 93% dos atuantes na área dizem que os investimentos na área tecnológica serão feitos com serviços que ajudem a diminuir os custos, mas ao mesmo tempo que não tem a mesma receita dos anos anteriores”. Aliás, essa é uma prática que tem se desenvolvido em todas as áreas, investir mais, gastando menos.
Mas como isso é possível? Simples, ao invés de investir em novas tecnologias, as empresas ligadas à área de saúde trabalharão com modelos que já funcionam e trazem retorno. “As empresas estão comprando cases já realizados. Se as tecnologias já estão em algum lugar e se mostraram eficientes, como a RFID, por exemplo, é bem provável que elas sejam as mais procuradas, pois existem receios com relação a novos projetos”, explica Fernando Monlin.
Além de buscar resultados nas tecnologias que já se mostraram eficientes, existe uma tendência também para que as empresas invistam na área de padronização dos processos, evitando o desperdício.
Para o especialista, todas as áreas ligadas à saúde, desde o fabricante até os hospitais, sofrerão com a baixa do mercado. “Eu acredito que a tecnologia que dê mais controle sobre ativos e custos serão as de maior investimento”, salienta Fernando. “Prevemos também que a maior procura por tecnologia será por conta dos fabricantes de materiais médicos e de medicamentos, pois são áreas que envolvem distribuição e controle preciso na fabricação para contenção de custos”, acrescenta.
Ainda segundo Fernando, os fabricantes e hospitais serão as áreas que mais sentirão com a queda da economia. Em relação ao fabricante, por ser o primeiro dentro da cadeia, é bem provável que a produção caia, sentindo de perto a retração. Já nos hospitais, a queda deve ocorrer principalmente nos tratamentos eletivos, que são os que demandam acompanhamento e, normalmente, tem custo mais elevado.
“Acredito também que alguns fornecedores de plano de saúde vão começar a dosar alguns tratamentos, pois a população não vai querer gastar, a não ser que seja estritamente necessário. Um exemplo: se a pessoa precisa fazer uma operação, mas ela pode esperar por dois anos, pois não é nada emergencial, com certeza ela fará a opção por esperar”, explica Fernando.
Para se destacar no mercado, Fernando acredita em um fator primordial para o sucesso em 2016. “O ano tende a ser bem difícil, por isso é preciso trabalhar em cima das tecnologias já existentes. Acreditamos que nenhuma extravagância será feita, e, por isso, vamos focar muita na melhoria das tecnologias existentes”, encerra.