Promover áreas estratégicas e facilitar a aproximação entre o conhecimento científico e o setor industrial, para estimular o desenvolvimento tecnológico e a inovação. Esse é o papel do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), na avaliação do pesquisador Alvaro Prata, nomeado nesta semana secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação.
Promover áreas estratégicas e facilitar a aproximação entre o conhecimento científico e o setor industrial, para estimular o desenvolvimento tecnológico e a inovação. Esse é o papel do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), na avaliação do pesquisador Alvaro Prata, nomeado nesta semana secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação. Segundo ele, a principal preocupação, neste momento, é retomar os investimentos e garantir às empresas segurança para investir em pesquisa e desenvolvimento (P&D).
“O setor industrial precisa ter essa segurança, essa garantia de que poderá investir em inovação e de que esse investimento vai ser bem recebido pelo Estado brasileiro. Nós temos aumentado o número de empresas que fazem uso da Lei do Bem, mas o nosso objetivo é aumentar mais ainda o contingente de empresas que inovam", disse Prata.
Uma forma de fazer isso seria, na avaliação do secretário, consolidando as boas iniciativas que já estão em curso na pasta. “Recentemente, criamos os INCTs [Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia] que funcionaram com 126 institutos. Chegou o momento de renovarmos os institutos e abrirmos para um leque maior de instituições que possam se credenciar. Esse é um programa de muito sucesso que precisa ser consolidado.”
Outra iniciativa importante diz respeito a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), que apesar de ter um impacto grande credenciando novas unidades, na visão de Prata, ainda tem um longo caminho para transformar o setor industrial brasileiro. “É um programa muito original pela maneira de atuar com as empresas para promover a inovação e precisa ser fortalecido para que possamos fazer mais projetos tecnológicos e impactar outros setores”, comentou.
Uma das formas do ministério atuar em favor do setor seria por meio do Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologia (Sisnano). “É uma iniciativa brasileira onde nós montamos uma rede de laboratórios que atua próxima ao setor industrial, causando impactos significativos do ponto de vista do desenvolvimento tecnológico e da inovação. Nossa preocupação é fortalecer as políticas da secretaria e irrigar o sistema, que contempla uma série de ações”, informou Prata.
Apesar do momento de restrições orçamentárias, o secretário lembrou que existem várias instituições que promovem a inovação, como incubadoras e parques tecnológicos, que estão empenhadas em estimular o desenvolvimento do país. “Nossas indústrias inovam cada vez mais. Temos um movimento muito forte em prol do empreendedorismo inovador, da criação de startups, temos conseguido captar recursos para que os investidores invistam em empresas de base tecnológica, e isso começará a dar resultados”, previu.
Currículo
Engenheiro mecânico e professor titular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Alvaro Prata retorna à secretaria que comandou entre 2012 e 2014. Ele também foi secretário-executivo do ministério entre 2014 e 2015.