País precisa de mais investimentos em startups, diz Assespro
A Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado Federal discutiu nesta terça, 16/8, a importância da conectividade para o acesso ao conhecimento e seu impacto na saúde, educação e desenvolvimento econômico. E no terreno dos empreendedores, o principal apelo foi para que a importância que o Poder Público reconhece nas tecnologias de informação e comunicações seja acompanhada pelos recursos substanciais .
A Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado Federal discutiu nesta terça, 16/8, a importância da conectividade para o acesso ao conhecimento e seu impacto na saúde, educação e desenvolvimento econômico. E no terreno dos empreendedores, o principal apelo foi para que a importância que o Poder Público reconhece nas tecnologias de informação e comunicações seja acompanhada pelos recursos substanciais .
“Os conhecimentos que temos hoje estão muito melhores. Os gestores, as políticas públicas estão melhores, mas essa compreensão ainda não foi acompanhada do devido montante financeiro. O governo costuma perguntar o que precisa para as TICs avançarem. Precisa pegar bilhões investidos em setores tradicionais e jogar no setor de TIC”, defendeu o presidente da Assespro Nacional, Jeovani Salomão.
Segundo ele, “os bons programas que temos hoje [em TICs] são de milhões. É o caso do programa Startup Brasil, que apesar de muito bom conta com número limitado de recursos, enquanto setores tradicionais recebem bilhões. Mas é uma área que pode transformar o ensino, por exemplo. Não estamos sabendo utilizar a penetração grande da tecnologia na juventude para usar como fonte de ensino”.
“Precisa de muita força para sair dos setores tradicionais e emergir no setor de TICs. O futuro do Brasil poderia ser baseado na economia da informação. Basear nosso futuro em commodities é um risco extraordinário. Por isso, as tecnologias de informação e comunicações precisam estar no centro das políticas públicas”, insistiu o executivo.
Ele lembrou que no caso específico de Brasília, a capital tem oportunidade este ano de entrar no mapa global do setor. “Brasília tem toda a vocação para polo tecnológico e com o Congresso Mundial de Tecnologia da Informação aqui empresas de mais de 60 países poderão conhecer o que tem de bom no país e colocar a capital como uma dos destinos de investimento. Hoje, a cidade sequer passa pela ‘pré-seleção’, nem conhecem. Então, o primeiro ganho é colocar Brasília no mapa, no cenário mundial de quem toma decisões de investimento.”
O programa criado pelo MCTI em 2012 formou quatro turmas de startups – 183 empresas em 17 estados. Elas foram incentivadas com R$ 45 milhões de recursos de parceiros privados, além e R$ 17 milhões em dinheiro público. A ideia original era lançar duas chamadas públicas por ano para selecionar as empresas iniciantes beneficiadas. Mas isso só se deu em 2013 e 2014. Depois, o dinheiro minguou.
Fonte: CD