Candidatos à prefeitura de Florianópolis apresentam propostas e recebem pauta de reivindicações do setor tecnológico
Cinco concorrentes à prefeitura de Florianópolis participaram na última segunda-feira (12) do Vertical Meeting Especial Eleições 2016, promovido pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) em parceria com o Sindicato das Empresas de Informática da Grande Florianópolis (Seinflo).
Cinco concorrentes à prefeitura de Florianópolis participaram na última segunda-feira (12) do Vertical Meeting Especial Eleições 2016, promovido pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) em parceria com o Sindicato das Empresas de Informática da Grande Florianópolis (Seinflo). Os candidatos tiveram, cada um, 10 minutos para realizar um pitch sobre as propostas para o setor tecnológico, atividade econômica responsável pela maior arrecadação de Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS) ao município. Cada candidato também respondeu duas perguntas sobre tecnologia e empreendedorismo inovador, elaboradas pelos organizadores e sorteadas após sua apresentação.
O presidente da ACATE, Daniel Leipnitz, abriu o evento, discursando sobre os números da TI no município. “Aproximadamente 900 empresas, que faturam mais de R$ 4 bilhões, são responsáveis por 18% da arrecadação de ISS da Capital”. Leipnitz mostrou que o segmento continua a crescer e a gerar empregos, mesmo durante a crise econômica do País. “Ainda assim, não temos reconhecimento proporcional ao que a gente traz para a cidade”, reinvindicou o empresário.
Geraldo Otto, presidente do Seinflo, elencou as cinco reivindicações do setor tecnológico e afirmou que a indústria da tecnologia é limpa, silenciosa e transversal, benéfica a qualquer outra atividade econômica. O coordenador da Endeavor em Santa Catarina, Henrique Tormena, apresentou os resultados do Índice de Cidades Empreendedoras 2015, no qual Florianópolis ficou em segundo lugar, mas teve o pior desempenho nos indicadores que dependiam do poder público. “Queremos um governo que consiga dialogar com os empreendedores, que conte com a ajuda deles para solucionar problemas”, disse.
Pitches dos candidatos
O primeiro pitch foi do candidato Elson Pereira (PSOL), que ressaltou o quanto soluções tecnológicas podem ajudar a resolver problemas do cotidiano de uma cidade. “É importante que o setor ajude a facilitar os processos da prefeitura e que a cidade possa ser gerenciada e planejada com tecnologia”, destacou. Pereira também reconheceu que o setor tecnológico é benéfico para a sustentabilidade e para a economia, e os investimentos na área podem fazer com que Florianópolis seja reconhecida como a “cidade da inovação”.
Gean Loureiro (PMDB) começou sua apresentação destacando a importância de um diálogo permanente entre a área de TI e a prefeitura. “Queremos ter entidades como parceiras, para governar junto a quem verdadeiramente conhece o sistema e quer modificá-lo”, afirmou. Loureiro prometeu estimular o ensino de tecnologia nas escolas e alterar o prazo médio de abertura de empresas, que hoje é de 177 dias, para 10 dias. “O setor de TI avançou muito em Florianópolis, mas o poder público ainda não desempenhou papel importante nessa área”.
O candidato do PSB, Murilo Flores, destacou em seu pitch que o excesso de burocracia é responsável pela morosidade na abertura de empresas e na emissão de alvarás. “A burocracia talvez seja o maior entrave, unânime em qualquer setor. Nosso país acha que é melhor pedir mil documentos do que fiscalizar, temos que enfrentar isso de forma clara”, disse. Para Flores, é preciso enxergar a competitividade da nossa economia a longo prazo e criar na cidade a cultura da “cidadania empreendedora”.
Gabriel Kazapi (PT), vice da Angela Albino (PCdoB), representou a candidata no evento. Ele demonstrou o interesse em criar pelo menos duas feiras de tecnologia e inovação, que se tornem referência nacional. Kazapi também ressaltou a importância ao município de ciência e tecnologia, turismo sustentável, e economia criativa da cultura. “Florianópolis precisa ser um ambiente propício para todos os negócios, um bom lugar para empreender e investir”, destacou.
A última candidata a realizar o pitch foi Angela Amin (PP), discorrendo sobre tecnologia, talento e tolerância. Ela destacou como pontos importantes para a gestão a Lei de Inovação, a aprovação do Plano Diretor e a Lei do Alvará Condicionado. Segundo a candidata, Florianópolis conta com o maior número de mestres e doutores das capitais brasileiras, o que é um motivo de orgulho. “Junto ao setor tecnológico é possível avançar e fazer com que Florianópolis tenha um bom foco e seja um lugar melhor para viver”, finalizou.
Ao final de sua apresentação, cada candidato recebeu uma pauta de reivindicações elaborada pelo setor empresarial tecnológico para a Prefeitura e a Câmara de Vereadores de Florianópolis.
O evento realizado no Centro de Inovação ACATE (CIA) – Primavera contou com aproximadamente 200 participantes e teve apoio da Endeavor, Fundação Certi e Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF).