Startups apresentam projetos inovadores e buscam aportes no 3º Fórum de Investimentos da RIA SC
Gestão de fundos de investimentos com foco em negociação de criptomoedas, sistema para eficiência energética de aparelhos de ar-condicionado, solução digital para agentes comunitários de saúde dos municípios, modelo de ensino de tecnologia e programação para jovens e solução microbiológica patenteada para conservação de órgãos para
Gestão de fundos de investimentos com foco em negociação de criptomoedas, sistema para eficiência energética de aparelhos de ar-condicionado, solução digital para agentes comunitários de saúde dos municípios, modelo de ensino de tecnologia e programação para jovens e solução microbiológica patenteada para conservação de órgãos para transplantes. Esses foram os cinco projetos apresentados durante o 3º Fórum de Investimentos da Rede de Investidores Anjo de Santa Catarina (RIA SC), realizado na última segunda-feira, 19 de setembro, no Centro de Inovação ACATE (CIA) – Primavera. A RIA SC é uma iniciativa conjunta da Anjos do Brasil e da ACATE.
Aproximadamente 45 investidores participaram do terceiro Fórum de Investimentos da RIA SC, que além dos pitches dos empreendedores, trouxe três outras apresentações. Leandro Carioni, diretor executivo da Fundação Certi, expôs os resultados do programa Sinapse da Inovação. A iniciativa tem como objetivo transformar e aplicar as boas ideias geradas por estudantes, pesquisadores e profissionais dos diferentes setores do conhecimento e econômicos em negócios de sucesso. Segundo Carioni, 83% das empresas que passaram pelo programa sobrevivem hoje. Ele demonstrou interesse em uma parceria entre o Sinapse da Inovação e a RIA SC, ajustando o programa de acordo com as necessidades dos investidores anjo.
A segunda apresentação foi de Dennis Kerr Coelho, diretor da Vertical Games da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE), que mostrou números do mercado de games a partir de cases como a Zynga, a Supercell e a Rovio. “A trajetória dessas empresas mostra que não é necessário estar no Vale do Silício para ter sucesso nesse segmento”, disse. Coelho ainda mostrou exemplos brasileiros, como a Joy Street, a Behold Studios e a Aquiris.
O investidor e sócio da BZPlan, Marcelo Amorim, fez uma palestra sobre o case da Axado, empresa catarinense na qual investiu como anjo e, na sequência, por meio do Fundo SC. A startup, que é líder em gestão de fretes, foi vendida neste ano por R$ 26 milhões ao Mercado Livre. Com foco no e-commerce, os empreendedores identificaram e apresentaram soluções para problemas como a desistência de compra por conta do frete e o grande volume de ligações para o call center sobre o rastreamento dos produtos adquiridos. Em 2016 a Axado contava com 50 colaboradores e o sistema que desenvolveu é responsável por, em média, 40 milhões de cotações de frete por mês.
Após a palestra, cada empreendedor selecionado teve 5 minutos cada para realizar um pitch sobre sua startup. A primeira apresentação foi de André Carrera, da Alpha Ledge – uma gestora de fundos de investimentos com foco em negociação de criptomoedas sediada em Curitiba (PR). O empreendedor promete auditoria online e transparente e acredita que seu maior desafio seja a criação de uma estrutura tecnológica para negociar em diversas bolsas ao mesmo tempo.
Adilson Cardoso, da EcoAr, desenvolveu um software para controle de temperatura e ventilação de ares-condicionados, com gerenciamento em nuvem e foco no mercado B2B. Para o empreendedor, a prioridade atual da empresa é desenvolver a área comercial. A startup tem sede em Criciúma (SC).
O empreendedor Pedro Marton Pereira, da EPHealth, apresentou os dois potenciais clientes da empresa de Florianópolis (SC): o governo, com aplicativos para agentes comunitários de saúde, e a indústria farmacêutica, com relatórios produzidos a partir das informações colhidas pelos agentes que ficarão disponíveis em um banco de dados. Cerca de 4 mil profissionais de saúde já utilizam a versão de teste do aplicativo, disponibilizada gratuitamente. A startup é incubada do MIDI Tecnológico, incubadora gerida pela ACATE com o apoio do Sebrae/SC.
O quarto pitch foi da I Do Code, uma escola de programação e tecnologia para crianças e adolescentes, com foco nas classes sociais B e C. O empreendedor Leonardo Zambaldi destacou que o método de ensino é focado em projetos: primeiro é mostrado ao aluno o que ele vai construir, para depois dar início à parte teórica. Um dos principais objetivos da startup, também de Florianópolis, é criar uma rede de franquias.
A última apresentação foi dos empreendedores Eduardo Rodrigues e Juliana Hoch, da Vital Produtos Químicos. A startup de São Leopoldo (RS) criou um método microbiológico para produzir o ácido lactobiônico, matéria-prima principal dos líquidos de conservação de órgãos e utilizado em cosméticos anti-idade. A empresa está na fase de captação de recursos para produção e comercialização do produto para clientes com interesse de compra já confirmada.
Após os pitches, os investidores puderam conversar com os empreendedores em momento de networking e coffee break. Neste ano, a RIA SC já anunciou dois aportes: na Conpass, focada no desenvolvimento de um sistema de tour interativo para ampliar as taxas de conversão e vendas em plataformas web, em junho, e um mês depois na GeekHunter, desenvolvedora de plataforma que auxilia empresas a contratar talentos na área de TI. As duas empresas haviam sido apresentadas no primeiro Fórum de Investimentos da Rede, em março.