Investimento em TI resiste à turbulência da economia e da política
Os investimentos em TI nas empresas não foram reduzidos pela turbulência da economia e da política no Brasil em 2016, o que é considerado uma surpresa pelo professor Fernando Meirelles, professor da FGV e responsável pela 28ª Pesquisa Anual do Uso de TI nas Empresas, divulgada nesta quarta-feira, 19/04.
Os investimentos em TI nas empresas não foram reduzidos pela turbulência da economia e da política no Brasil em 2016, o que é considerado uma surpresa pelo professor Fernando Meirelles, professor da FGV e responsável pela 28ª Pesquisa Anual do Uso de TI nas Empresas, divulgada nesta quarta-feira, 19/04. "Eu tinha convicção que esse número ia cair pela primeira vez em 30 anos e chequei por 32 vezes para assegurar que os investimentos estavam mantidos", afirmou o especialista. Hoje, segundo a FGV, TI representa 8% do Produto Interno Bruto do Brasil.
O investimento em TI, e aqui é especificamente na área de TI, apesar de Meirelles ressaltar que cada vez mais Comunicação está sendo incorporada ao orçamento de TI, ficou em 7,6% em 2016, o mesmo montante reportado em 2014 e 2015, também anos de crise e recessão. Para 2017, a previsão é que esse índice se mantenha. "A informatização chegou para valer. Ela obriga as empresas a investirem em TI", diz o professor da FGV.
Os bancos são de longe os que mais investem em Tecnologia da Informação com 14% da receita e um custo anual por usuário, ou o quanto as empresas gastam de tecnologia dividido pelo número de funcionários que usam tecnologia, ficou em R$ 86 mil. Serviços, por conta dos bancos, é o segmento que mais investiu em TI – 11% da receita. Na indústria, a média de investimentos e gastos é de 4,5%, enquanto no comércio o valor fica em 3,5%. "Os supermercados brasileiros, inclusive os de controle multinaiconal, estão muito atrasados no uso da TI”, adverte o especialista.
Há dois anos, o estudo da FGV alertava que para cada 1% a mais de gasto e investimento em TI, depois de dois anos, o lucro das companhias aumentou 7%. E essa proporção segue válida em 2017. "TI é o diferencial ainda mais em tempos de ruptura como a que está sendo provocada pelos smartphones", completa Fernando Meirelles.
Fonte: Convergência Digital/UOL