Representantes da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia buscam inspiração em ecossistema israelense
Representantes da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) participaram de missão a Israel para conhecer o ecossistema do país que é considerado o segundo melhor ambiente do mundo em inovação e tecnologia, atrás apenas do Vale do Silício, na Califórnia (EUA). Entre 8 e 18 de setembro, Daniel Leipnitz, presidente; Gabriel Sant’Ana, diretor executivo; Marcos Lichtblau, vice-presidente de Finanças, e Silvio Kotujansky, vice-presidente de Mercado, conheceram universidades, empresas do setor tecnológico, fundos de investimento e autoridades israelenses.
Representantes da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) participaram de missão a Israel para conhecer o ecossistema do país que é considerado o segundo melhor ambiente do mundo em inovação e tecnologia, atrás apenas do Vale do Silício, na Califórnia (EUA). Entre 8 e 18 de setembro, Daniel Leipnitz, presidente; Gabriel Sant’Ana, diretor executivo; Marcos Lichtblau, vice-presidente de Finanças, e Silvio Kotujansky, vice-presidente de Mercado, conheceram universidades, empresas do setor tecnológico, fundos de investimento e autoridades israelenses.
Um dos aspectos destacados pelo grupo é que Israel tem uma geografia desfavorável para a maior parte das atividades econômicas, o que contribui para os empreendedores saírem da zona de conforto. “Um país pequeno é obrigado a pensar no mercado internacional. Ser cercado de inimigos impulsiona o desenvolvimento de tecnologia de ponta em segurança e não ter recursos naturais leva os israelenses a buscar alternativas de negócios inovadores”, explica Daniel Leipnitz, presidente da ACATE.
Na Universidade de Tel Aviv, a comitiva conheceu o fundo criado pela própria instituição de ensino para investir em projetos de pesquisa da universidade. A educação de alto nível foi outro ponto que chamou atenção: a universidade é considerada a nona melhor do mundo. Uma das principais métricas que a colocam nessa posição é o volume de capital obtido de investidores por empresas de ex-alunos. As pesquisas desenvolvidas são focadas em aplicação prática e solução de problemas, o que aproxima a academia do mercado e gera um grande número de empreendimentos e inovação.
“Além de formar ótimos profissionais, Israel investe em atração de cérebros. O país só conseguiu se desenvolver rapidamente porque foi capaz de atrair profissionais – engenheiros, cientistas, empreendedores – de alto nível. Ainda que no caso deles existam fatores históricos importantes, sabemos que todos os principais ecossistemas de inovação no mundo possuem programas e ações sérias para atrair e possibilitar a fixação de talentos”, destaca Kotujansky.
Israel tem 350 centros de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) ligados a grandes empresas, e Tel Aviv concentra 60 fundos de venture capital. O país tem um ambiente regulatório favorável à entrada de investidores e ao comércio internacional. Os diretores da ACATE aproveitaram a missão para conhecer a Pitango Venture Capital, GlenRock Group, a Maverick Ventures e a Grove Ventures, com o objetivo de criar uma ponte para que investidores israelenses também possam investir em empresas catarinenses.
“Israel tem 6 mil startups, com 8,5 milhões de habitantes. O Brasil, com 190 milhões de pessoas, tem o mesmo número de empresas nascentes inovadoras. Isso é resultado do investimento em educação, atração de capital humano qualificado e investimento em inovação”, reflete Lichtblau.
Durante a missão, o grupo ainda conheceu a aceleradora Light House, as empresas mPrest, Parkam e SimilarWeb e se reuniram com representante da Autoridade Israelense para a Inovação, agência do governo com orçamento de US$ 500 milhões anuais. Além dos representantes da ACATE, políticos, agentes de segurança pública e empresários catarinenses participaram das visitas. Os recursos financeiros para a missão viagem foram obtidos por meio de projeto com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).