Conheça ferramentas e metodologias que ajudam as empresas a se adaptarem e atraírem os profissionais da Geração Z
Uma Uma pesquisa realizada pela PUC -RS comparou as ambições dos jovens entre 18 e 34 anos, de 2013 a 2017. Foi constatado que, impulsionados pela crise econômica e política enfrentadas pelo país nesse período, as pessoas nessa faixa etária procuram mais estabilidade. Em 2013, 48% dos jovens ouvidos procuravam por trabalhos condizentes com o que lhes fazia feliz. Já em 2017, esse número caiu para 34%, e 38% disseram que estão atrás de um emprego que possa proporcionar melhores salários.
Além da questão financeira, a geração Z – que nasceu e cresceu em um mundo conectado – procura no mercado de trabalho reconhecimento e desenvolvimento (72%), desafio, conforto e estrutura (48%), carteira assinada (72%) e flexibilidade (39%). Alessandra dos Santos, supervisora de Recursos Humanos na Ahgora Sistemas, empresa que desenvolve tecnologias que facilitam a gestão da jornada de trabalho e ajudam as instituições a tornarem seus processos condizentes com o perfil dos novos colaboradores, acredita que as novas ferramentas vêm para desburocratizar a rotina de trabalho e deixar os profissionais com mais tempo para realizar as tarefas que são prioridades. "A geração Z precisa ter ao alcance ferramentas que os ampare e forneça a certeza de que os processos estejam corretos e caminham de forma estratégica em direção a um propósito definido, permitindo que se conheça melhor os colaboradores, cuidando e zelando por eles e, dessa forma, prezando pela saúde financeira e mental dos funcionários", afirma.
Hoje já estão disponíveis no mercado diversas ferramentas e metodologias que ajudam as empresas a se adaptarem a esse novo perfil de profissional. Conheça quatro iniciativas que podem ajudar a aproveitar o desempenho máximo dos novos profissionais, sem perder o controle, nem a produtividade e preservando a saúde mental dos jovens:
Tecnologia para jornadas de trabalho home office
Uma das dificuldades enfrentadas pelas empresas que possuem funcionários com jornada de trabalho home office e flexíveis – uma tendência crescente em função do perfil da atual geração de trabalhadores – era administrar com exatidão suas batidas de ponto. O software de Reconhecimento Facial da Ahgora utiliza a câmera de celular e resolve essa questão em função da sua mobilidade, ou seja, é possível realizar a batida de ponto de onde estiver, e garantindo que foi o próprio funcionário quem efetuou o registro.
A batida de ponto pelo software resolve a questão da confiabilidade das batidas de ponto dos colaboradores com jornada externa com a precisão da geolocalização. “A funcionalidade permite ao gestor acompanhar a prestação do serviço em tempo real, além de gerar mais transparência na relação entre empresa e colaborador”, aponta Malta. O formato garante que as batidas de ponto das empresas estejam de acordo com a legislação vigente, evitando problemas ou ações trabalhistas no futuro.
A tecnologia utiliza algoritmos sofisticados para detectar até 70 pontos faciais diferentes como olhos, contornos dos olhos, sobrancelhas, contornos dos lábios, ponta do nariz, e cruza as informações com as fotos armazenadas
Ferramentas para o combate às doenças relacionadas ao trabalho
O estudo feito pela PUC- RS mostrou que cerca de 17% dos entrevistados fazem ou já fizeram uso de ansiolíticos e antidepressivos. A depressão e a ansiedade são as maiores causas de adoecimento de funcionários no país. Mundialmente, eles geram perdas de US$ 1 trilhão por ano às empresas. Falta de propósito, individualismo e assédio moral são alguns dos fatores que corroboram para o crescimento das estatísticas. Uma das formas de prevenir a doença é o estímulo ao encontro de motivação. A Coblue, desenvolveu o primeiro software de OKR do Brasil. O método de gestão ajuda muito mais do que delimitar objetivos para um crescimento ágil: com metas bem alinhadas e transparência, cada um consegue enxergar o seu papel dentro da empresa, e consequentemente, encontrar um propósito e motivação no trabalho. Além disso, o software promove a cooperação, incentivando a troca entre times e o contato entre as pessoas.
Escritórios descontraídos
48% dos trabalhadores da nova geração levam a estrutura dos escritórios em consideração quando vão entrar no mercado de trabalho. Pensando nisso, a HostGator, uma das principais empresas de solução para hospedagem de sites do Brasil, apostou em um espaço moderno e com tecnologia de ponta no seu escritório em Florianópolis. A empresa investiu cerca de R$ 3,9 milhões no local de quase 3.000 m², com o objetivo de garantir melhor convívio entre os colaboradores. A empresa apostou no conceito de Open Space privilegiando o contato entre os funcionários em um grande escritório sem paredes. “Sempre trabalhamos muito para prestar o melhor serviço. Ter um colaborador motivado reflete nos índices de satisfação dos nossos clientes e diretamente em nossos resultados, por isso nos esforçamos muito para ouvir e envolver todo time da HostGator. O resultado foi este ambiente dinâmico, criativo e que vai favorecer o trabalho em equipe”, explica Richard Sachse, gerente de infraestrutura da HostGator Brasil.
Além das novidades tecnológicas, a HostGator planejou um amplo espaço de descompressão com jogos diversos, alimentação, salas de reunião formais e informais, espaço de confraternização com churrasqueira e cozinha completa, cantinho da soneca, três salas de treinamento e chuveiros.
Desenvolvimento em conjunto
Os profissionais da nova geração, principalmente na área de tecnologia, buscam no mercado mais do que retorno financeiro: é preciso oferecer formas de gerar reconhecimento e desenvolvimento pessoal. Os jovens querem se sentir parte dos projetos em que estão envolvidos. Pensando nisso, a Cheesecake Labs, uma empresa de desenvolvimento e design web & mobile, aplica uma gestão inclusiva que define um plano de ação para cada um de seus 50 colaboradores. “Medir só os resultados é pouco para a nova geração. Os profissionais de hoje buscam retorno rápido e perspectivas de sucesso mais claras para sua própria carreira”, afirma Victor Oliveira, CEO da Cheesecake Labs. Na empresa, com sede em Florianópolis, os colaboradores têm direito a adquirir ações da empresa, ajudam a elaborar seu próprio plano de carreira e recebem participação nos lucros e bônus a cada atividade que contribua para seu desenvolvimento, como leitura de livros e participação em projetos sociais, eventos e palestras.