Brasil e Luxemburgo querem ampliar cooperação na área espacial e em telecomunicações
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, recebeu nesta quarta-feira (4) o vice-primeiro-ministro e ministro da Economia, da Segurança Interior e da Defesa de Luxemburgo, Etienne Schneider. Os dois países discutem o potencial da cooperação na área espacial e em telecomunicações.
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, recebeu nesta quarta-feira (4) o vice-primeiro-ministro e ministro da Economia, da Segurança Interior e da Defesa de Luxemburgo, Etienne Schneider. Os dois países discutem o potencial da cooperação na área espacial e em telecomunicações.
“Existem frentes de trabalho que nós podemos e devemos explorar nesta cooperação”, afirmou Kassab.
Schneider ressaltou o esforço de seu país em estreitar laços, simbolizado pela abertura da Embaixada do Grão-Ducado de Luxemburgo em Brasília em setembro de 2017. “Por isso, vejo com muita importância a iniciativa de manter esse diálogo e essa aproximação não só política, mas também científica e econômica”, afirmou. “Aportamos capital no setor siderúrgico brasileiro há quase um século. Também temos negócios em transporte aéreo e satélites. Somos o 13º maior investidor estrangeiro no Brasil.”
A proposta é reforçar a presença no Brasil da operadora mundial de satélites SES, fundada em 1985 pelo governo de Luxemburgo, que ainda detém um terço de suas ações. Com escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro, a empresa lançou em janeiro o satélite SES-14, que ocupa o espectro orbital brasileiro, com autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel); e inaugurou terça-feira (3) um teleporto em Hortolândia (SP), de onde será controlado o SES-14, projetado para atender empresas, residências e governos com banda larga de alta velocidade.
Segundo Schneider, Luxemburgo investe em atividades espaciais 2% de seu Produto Interno Bruto (PIB). “É o maior percentual entre todos os países da União Europeia”, informou. “Uma das nossas intenções para o futuro é fazer mineração espacial. Eu destaco isso porque é nosso objetivo ter o Brasil como parceiro nessa empreitada. Já conseguimos fechar acordos com vários países, como China, Japão, Portugal e estamos em vias de acertar com a Rússia.”
Caminhos
O secretário de Telecomunicações do MCTIC, André Borges, apontou para as chances de cooperação abertas pelo lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), em maio de 2017. “Temos agora ampla capacidade de banda Ka e estamos explorando parcerias com a iniciativa privada”, afirmou. “Para o futuro, planejamos o desenvolvimento de um segundo satélite, que pode gerar bastante oportunidade. Também trabalhamos em um modelo de lançamento de satélites em Alcântara.”
Já o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTIC, Maximiliano Martinhão, mencionou iniciativas de cooperação com Luxemburgo no campo de satélites dentro da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “Do ponto de vista mais amplo, a comunidade científica brasileira teria interesse em aprofundar discussões em mineração, siderurgia e energia renovável”, indicou.
Também participaram da reunião o embaixador do Grão Ducado de Luxemburgo no Brasil, Carlo Krieger, e os presidentes da AEB, José Raimundo Coelho, e da Telecomunicações Brasileiras S. A. (Telebras), Jarbas Valente.
Fonte: Portal ANPEI, com informações MCTIC