Lançamento do grupo Mulheres ACATE reforça importância do apoio e troca de conhecimento entre empreendedoras
“As mulheres se sentem motivadas quando têm oportunidades e percebem que há pessoas olhando para o que elas estão fazendo”. O depoimento de Ingrid Vanderveldt no lançamento do Mulheres ACATE, da Associação Catarinense de Tecnologia, traduz o motivo da criação do grupo: empoderar mulheres, de forma a ampliar a participação feminina no setor tecnológico de Santa Catarina.
“As mulheres se sentem motivadas quando têm oportunidades e percebem que há pessoas olhando para o que elas estão fazendo”. O depoimento de Ingrid Vanderveldt no lançamento do Mulheres ACATE, da Associação Catarinense de Tecnologia, traduz o motivo da criação do grupo: empoderar mulheres, de forma a ampliar a participação feminina no setor tecnológico de Santa Catarina. A norte-americana, CEO da primeira plataforma de compartilhamento de recursos e mentorias para mulheres que querem alavancar seus negócios, palestrou no evento desta sexta-feira (13) no Centro de Inovação ACATE – Primavera.
O Empower a Billion Women by 2020, liderado por Ingrid, é um movimento global que auxilia mulheres no acesso a mentores, capacitação financeira e rede de contatos, para que elas possam ter sucesso como líderes e empreendedoras. “Todas nós temos algo a ensinar — independentemente do estágio em que estamos, sempre há alguma mulher alguns passos atrás que precisa da nossa ajuda”, disse.
Após a palestra, Ingrid participou de um painel com empreendedoras catarinenses. A mediadora Fabiele Nunes, sócia da startup Mundi, trouxe dados apontando que 56% da força de trabalho do mundo já é feminina e que 50% das universitárias são mulheres. “Apesar dos bons números, a gente sabe que infelizmente isso varia muito de setor para setor”, destacou. Júlia Machado Pinto, fundadora do grupo Anitas, comprovou com os dados do ACATE Tech Report: apenas 25% dos empreendedores do setor tecnológico catarinense são mulheres. “Acredito que a melhor forma de mudar este cenário seja investindo nas crianças. Por isso, tenho trabalhado muito para incentivar meninas a aprender sobre tecnologia — e língua inglesa, muito importante nesse segmento”, explicou.
Para Betina Giehl Zanetti Ramos, sócia da Nanovetores, as mulheres — que segundo ela já são muito capacitadas — precisam confiar nelas mesmas. “Eu sou uma cientista empreendedora e costumo contar meu case para inspirar mulheres. Criei a tecnologia da minha empresa com toda minha experiência acadêmica. Hoje estamos presentes em todos os continentes”, contou.
O único participante homem do painel foi Marcos Lichtblau, vice-presidente de Finanças da ACATE. “Temos realidades muito díspares. Eu estou aqui com dois ouvidos e uma boca, para entender qual apoio a Associação precisa fornecer. Vamos unir forças e trabalhar juntos”, ressaltou.
Objetivos e ações do grupo
Para trazer mais mulheres ao ecossistema de tecnologia do Estado, o grupo Mulheres ACATE irá promover uma série de ações, eventos e encontros ao longo do ano com as empreendedoras de empresas associadas à entidade. Os encontros também envolverão alunas e outros players do setor de tecnologia de Santa Catarina.
“O grande propósito do grupo é fortalecer as mulheres no universo tech e assim transformar a cultura, impactando o nosso ecossistema e o tornando mais justo, criativo, inovador e estimulante", reforça Tatiana Takimoto, gerente dos programas estratégicos da ACATE.
Além de trabalhar o compartilhamento do conhecimento e experiência entre as empreendedoras, o grupo pretende incluir meninas na discussão, para motivá-las a entrar nas carreiras tecnológicas e a empreender.
Outro grande objetivo do grupo é atuar na mudança de cultura no setor tecnológico, para que as mulheres se sintam confortáveis em empresas de tecnologia e assumam mais cargos de liderança.