Como a diversidade e a inclusão podem impulsionar a inovação?
Criado em abril de 2018, o grupo temático Mulheres ACATE, da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), tem como propósito fortalecer o protagonismo feminino no universo tech, transformando a cultura […]
Criado em abril de 2018, o grupo temático Mulheres ACATE, da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), tem como propósito fortalecer o protagonismo feminino no universo tech, transformando a cultura empreendedora e tornando o ecossistema mais igualitário, justo, criativo, inovador e diverso.
Em 2021, a equipe mapeou o perfil das mulheres que atuam no setor de tecnologia em Santa Catarina, para então poder pensar em ações de geração de negócios, capacitações e eventos que estimulem a entrada de mais talentos femininos nessa área.
Neste artigo do Blog ACATE, você verá como a diversidade e a inclusão impulsionam a inovação.
Diversidade X Inclusão
Antes de entender como as políticas de diversificação são benéficas para as empresas, você sabe como diferenciar “diversidade” de “inclusão”?
Nem todo ambiente de trabalho diverso é inclusivo, assim como nem todo ambiente inclusivo é diverso. De acordo com o dicionário Michaelis, “diversidade” significa “conjunto que apresenta características variadas; multiplicidade”, tendo a ver com diferenças. Já a palavra “inclusão” é definida como “ato ou efeito de incluir uma pessoa em um grupo”, sendo o contrário de exclusão.
>>Leia também: Quem são as mulheres por trás da tecnologia em Santa Catarina
A diversidade nas empresas é baseada na multiculturalidade de uma equipe. Significa trabalhar com profissionais de gêneros, etnias, origens, sexualidades, crenças e classes sociais diferentes. No entanto, ter uma equipe plural não necessariamente ajuda a fazer com que todos se respeitem.
Para isso, é necessário criar políticas que promovam o respeito à individualidade. Cada pessoa é diferente pelas suas vivências e seu jeito de ser. Inclusão é reconhecer essas diferenças, identificar o potencial e as necessidades de cada uma delas. Sem inclusão, o propósito da diversidade nas equipes não funciona, uma vez que os grupos historicamente mais privilegiados continuarão recebendo um tratamento diferenciado em relação aos mais vulneráveis.
Porque investir na diversificação?
Segundo um levantamento divulgado em 2018 pela consultoria McKinsey, companhias latinoamericanas com diversidade de gênero em cargos de chefia têm 21% mais chance de apresentar resultados acima da média no mercado. No caso da diversidade étnica, esse número sobe para 33%. O estudo foi feito com 693 companhias e 3900 funcionários no Brasil, na Argentina, no Chile, na Colômbia, no Peru e no Panamá.
Outra pesquisa, da consultoria Accenture, realizada em 2019, mostra que as organizações precisam investir em diversidade e inclusão para se tornarem mais inovadoras. Mais de 18 mil profissionais, de 27 países, atuando em empresas de diversos tamanhos e segmentos, foram ouvidos. O resultado foi que, em comparação às empresas com baixo grau de diversidade, as empresas mais diversificadas têm uma cultura de inovação 600% maior. 85% das pessoas não têm medo de errar em empresas altamente inclusivas, contra 56% das empresas de inclusão mediana e 36% nas pouco inclusivas. 40% dos colaboradores de empresas altamente inclusivas não vêem barreiras para a inovação, enquanto em empresas de inclusão mediana esse número é de 21%. Em pouco inclusivas, apenas 7% responderam “nada me impede de inovar”.
Ao que tudo indica, esses novos caminhos traçados pelo Mulheres ACATE serão bastante benéficos para Santa Catarina, permitindo que a inovação catarinense continue a avançar. Saiba mais sobre o grupo, clicando no banner.
Imagem: Sharon McCutcheon, via Unsplash
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