O mercado de ativos ambientais e suas potencialidades
Dentro do ecossistema de inovação, os mais variados tipos de dores encontram soluções únicas, e isso não poderia ser diferente no que diz respeito às questões ambientais. É notável o […]
Dentro do ecossistema de inovação, os mais variados tipos de dores encontram soluções únicas, e isso não poderia ser diferente no que diz respeito às questões ambientais. É notável o crescimento exponencial de soluções voltadas para o setor da sustentabilidade, já que ações de preservação ambiental têm sido cada vez mais cobradas das empresas, principalmente pelos clientes finais, acionistas e stakeholders.
É inegável que, independentemente do setor, atividades industriais e empresariais acarretam algum tipo de impacto ambiental, seja apenas com atividades rotineiras dentro de um escritório que consome energia, por exemplo, até grandes linhas de produção e setores de alto impacto, como o agronegócio. A partir disso, cada país deve definir legislações específicas com obrigações e deveres para com o meio ambiente, exigindo a devida manutenção e equilíbrio por parte das empresas. E no Brasil não seria diferente.
Nosso país faz menções a ativos ambientais em suas leis desde os anos 80, mas nos anos mais recentes, a legislação brasileira passou a promover incentivos fiscais e financeiros para empresas que atingissem metas ambientais e créditos verdes de carbono. Saiba mais sobre o que são os ativos ambientais e como aplicá-los em sua empresa a seguir.
O que são ativos ambientais?
Os ativos ambientais podem ser definidos como investimentos que uma empresa ou organização faz visando a sustentabilidade ambiental e a redução dos impactos gerados por suas ações. Maquinários mais econômicos energeticamente e aperfeiçoamento de processos produtivos são alguns exemplos de ativos ambientais amplamente conhecidos. Entretanto, mais recentemente, outros tipos de ativos ambientais vêm se tornando populares, especialmente no meio do agronegócio.
Os créditos de carbono
Os créditos de carbono são uma parte importante das estratégias de mitigação das mudanças climáticas. Eles representam uma unidade de medida que é usada para quantificar a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) de uma determinada fonte ou projeto.
Os créditos de carbono surgiram como uma ferramenta para incentivar a redução das emissões de GEE. Eles se baseiam no princípio de que a atmosfera é um recurso compartilhado globalmente, e, portanto, a responsabilidade de reduzir as emissões deve ser compartilhada entre empresas, governos e indivíduos. A principal ideia por trás dos créditos de carbono é criar um incentivo econômico para reduzir as emissões de gases.
Hoje, empresas que conseguem reduzir suas emissões de forma eficaz podem ganhar dinheiro vendendo créditos de carbono, o que pode ajudar a compensar os custos associados à implementação de tecnologias mais limpas e sustentáveis. Além disso, as empresas podem melhorar sua imagem e demonstrar comprometimento com a sustentabilidade, o que pode ser atraente para investidores, clientes e parceiros comerciais.
Empresas que estão à procura de maneiras de reduzir suas pegadas de carbono podem investir em projetos de eficiência energética, energias renováveis ou reflorestamento, e, em seguida, gerar créditos de carbono a partir dessas iniciativas. Isso não apenas ajuda a combater as mudanças climáticas, mas também pode ser uma estratégia financeira inteligente a longo prazo.
Em um dos encontros promovidos pelas BRDE Labs SC e a ACATE, Danilo Centeno, Professor associado da UFABC e Founder da C3 Ambiental, e Xisto Alves, Vice-Diretor da Vertical Agtech ACATE e founder e CEO da JetBov, se reuniram para debater o assunto na live “Agronegócio e o Mercado de Ativos Ambientais”.
“O mercado de carbono está em franca expansão tanto para quem tem a oportunidade de ter projetos para diminuir a emissão de gases tanto para empresas que precisam ter seu carbono compensado com os créditos do mercado voluntário” afirmou Danilo Centeno, na live realizada recentemente.
Já Xisto Alves ofereceu um panorama sobre o assunto do ponto de vista do agronegócio. “No brasil, com o clima tropical, nós temos muita potencialidade de gerar ativos ambientas a partir de uma atividade super relevante pela produção de proteína no mundo e ao mesmo tempo agregar mais valor verde à produção, tendo a possibilidade de ser um dos maiores países exportadores de carne bovina e poder ser verde e sustentável.”
É possível conferir o conteúdo na íntegra e saber muito mais sobre o assunto clicando aqui.
Imagem: FreePik
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