O papel do cooperativismo na retomada econômica
Por Eduardo Ferrari* Imagem: krakenimages, via Unsplash. O ritmo de crescimento da economia catarinense não só confirma a retomada – e isso inclui até os setores mais impactados pela […]
Por Eduardo Ferrari*
Imagem: krakenimages, via Unsplash.
O ritmo de crescimento da economia catarinense não só confirma a retomada – e isso inclui até os setores mais impactados pela pandemia -, como também evidencia a expansão da cadeia produtiva de um modo geral. Prova disso são os dados divulgados recentemente pela Junta Comercial de Santa Catarina, que destacam um saldo positivo de 74.837 novas empresas no primeiro semestre de 2021. Um crescimento de 47,63%, se comparado ao mesmo período do ano passado, que já havia crescido 10,32% em relação a 2019. Até o mês de agosto, o saldo acumulado do ano se aproxima de 100 mil novos negócios.
Além do volume de empreendimentos, o cenário positivo também se confirma a partir da reação dos setores produtivos. Avanços foram registrados em todos os segmentos, a exemplo do setor de serviços que nos primeiros cinco meses do ano cresceu mais que o dobro da média nacional, com 15,6%. Mesmo o turismo, que sofreu sérios prejuízos durante a pandemia, no mês de maio de 2021 teve uma alta de 68,3% em volume de atividades, se comparado ao mesmo período de 2020. Não por acaso, o ranking de dinamismo econômico apresentado recentemente pelo Banco do Brasil aponta Santa Catarina como o melhor estado para se investir no país.
Essa é uma condição que tem origem na cadeia produtiva forte e diversificada, na resiliência de um povo que já enfrentou grandes desafios em sua história, mas também na capacidade de assimilar lições importantes trazidas pela maior crise sanitária da história recente do mundo. Entre elas, a união de esforços. O melhor controle do contágio do coronavírus, o apoio aos setores produtivos atingidos e, mais recentemente, o processo de imunização em massa, são conquistas que só se tornaram possíveis quando poder público, entidades representativas, empresários e população assumiram seus papéis no processo.
Nesse contexto, que ressalta a necessidade do olhar coletivo em torno dos grandes desafios, a procura pelo cooperativismo de crédito tem aumentado entre empresas e profissionais autônomos que buscam retomar seu espaço no mercado que, embora promissor, ainda é incertezas. Por isso, o maior interesse pelas instituições com atuação baseada nos princípios e valores cooperativistas, uma vez que promovem a inclusão financeira de seus pares a partir da gestão transparente, com foco no crescimento contínuo de seus cooperados e no desenvolvimento coletivo e sustentável das regiões onde atuam.
Há 23 anos atuando na Grande Florianópolis, com unidades nos municípios de Florianópolis, São José e Palhoça, a cooperativa de crédito Únilos confirma a maior procura pelo modelo levando em conta os resultados alcançados recentemente. No primeiro semestre do ano a base de cooperados cresceu 23% em relação aos primeiros seis meses de 2020. Também em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um crescimento do ativo de 27% e uma ampliação de 58% na carteira de crédito. Ainda que o cooperativismo catarinense seja um exemplo consolidado de sucesso para os demais estados brasileiros, a Únilos reconhece que a ampliação do quadro de cooperados tem origem na busca por apoio especializado no planejamento e condução dos negócios nesse momento de retomada.
Sediada em três das dez cidades catarinenses com maior volume de novos empreendimentos em 2021, a cooperativa de crédito Únilos é vinculada ao Sistema Ailos, que na primeira metade do ano também obteve resultados expressivos. Com 13 cooperativas filiadas e 230 postos de atendimento espalhados em mais de 80 municípios dos três estados da Região Sul do país, o Sistema Ailos já superou a marca de um milhão de cooperados. São mais de R$ 8 bilhões em operações de crédito e ativos superiores a R$13 bilhões.
*Eduardo Ferrari é Presidente do Conselho de Administração da Únilos Cooperativa de Crédito
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