Em 2023, o setor de tecnologia de Santa Catarina se consolidou como um dos maiores do Brasil, registrando um faturamento impressionante de R$ 38,3 bilhões. O estado apresentou um crescimento exponencial no último ano, atingindo uma taxa de 7,6%, enquanto a média nacional no ano foi de 5,2%. Este faturamento do setor catarinense consagra o estado como o sexto maior do país.

Com uma participação de 7,5% no PIB estadual, a importância do setor de tecnologia para a economia de Santa Catarina é evidente. Da mesma forma, Grande Florianópolis lidera o faturamento do setor de tecnologia em Santa Catarina, responsável por 42,5% do total. As regiões do Vale do Itajaí e Norte também são fundamentais, contribuindo com 24% e 17% do faturamento, respectivamente. 

A partir de iniciativas privadas e públicas, como a Rede de Inovação e programas de formações profissionais, o ecossistema de tecnologia catarinense recebe incentivos constantes. Essas iniciativas têm como objetivo de impulsionar ainda mais seu crescimento, que vem atraindo grandes movimentações financeiras e investidores de todas as regiões do Brasil.

M&As que movimentam o ecossistema

Santa Catarina também se destaca com um número expressivo de cases de sucesso de fusões e aquisições entre negócios catarinenses. Em 2023, a construtech Prevision, que teve o início de sua jornada na incubadora MIDITEC, foi adquirida pela Softplan, que já realizou cerca de oito aquisições nos últimos anos.

Outro case de empresas associadas à ACATE de destaque foi a RD Station, apoiada em sua formação pelo programa MIDITEC, que adquiriu a startup Exact Sales por R$51 milhões e, posteriormente, foi adquirida por R$ 1,86 bi pela TOTVS, na maior transação privada de M&A na área de software do país.

Já a plataforma catarinense de gestão de pessoas Pulses, de Itajaí, foi adquirida 18 meses após receber investimento do Fundo Invisto com a ACATE. Sua compradora foi a Gupy, gigante nacional do setor de seleção e recrutamento. 

SC sob o olhar de fundos de investimento

Os altos valores das transações entre as empresas atraíram também olhares de investidores para o alto potencial de desenvolvimento e escala das empresas de SC. Em 2023, fundos de venture capital investiram milhões em empresas catarinenses.

Nesse ínterim, a Payface, startup associada à ACATE que desenvolveu uma tecnologia de pagamento por reconhecimento facial pioneira no Brasil, recebeu um aporte de R$ 15 milhões, participação de atuais sócios (BTG, Oikos e HiPartners) e entrada do fundo Fintech Revolution. Este foi seu segundo aporte em 2023 – em janeiro, a empresa fundada em 2018, em Florianópolis, anunciou aporte (sem abrir valores) da HiPartners. 

A Data Rudder, fintech de prevenção a fraudes financeiras também associada à ACATE, recebeu um investimento de R$ 10 milhões em rodada liderada pelo L4 Venture Builder, fundo de investimento criado pela B3. Já a VoltBras, energytech de soluções de gestão e monetização para redes de recarga, recebeu um aporte do fundo MultiCorp 2, da MSW Capital, de R$ 12 milhões.

A ponte entre investidores e cases de sucesso

Apesar das grandes movimentações dentro do ecossistema de tecnologia catarinense, existem alguns desafios a serem vencidos. Para as startups, encontrar investidores alinhados com sua visão é desafiador. Ao mesmo tempo, investidores buscam oportunidades entre uma variedade de startups emergentes sem saber ao certo em qual investir. 

O Programa ACATE Investidores surge então como a solução que conecta startups a investidores por meio de uma assessoria especializada e direta. Através de uma curadoria e de eventos exclusivos, a interação entre empreendedores e investidores se torna facilitada e estratégica, promovendo conexões mais assertiva e de sucesso. 

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Sobre o Observatório ACATE

As informações do Observatório ACATE têm como fonte principal um Sistema de BI desenvolvido pela entidade com base em dados levantados pela Neoway e fontes como a RAIS (Relação Anual de Informações Sociais). O levantamento contempla a quantidade de empresas em atividade, faturamento, número de empreendedores e trabalhadores. As atividades econômicas que identificam o setor seguem a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0), e se dividem em Hardware, Software e Serviços. Acesse o estudo completo aqui!

Imagem: Daniel Volpato | Flickr 

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