Entre o digital e o físico: varejo aposta na experiência dos clientes
Após um ano de instabilidades, o varejo brasileiro registrou, em novembro de 2021, o crescimento acumulado no ano de 1,9% em suas vendas, de acordo com a Pesquisa Mensal de […]
Após um ano de instabilidades, o varejo brasileiro registrou, em novembro de 2021, o crescimento acumulado no ano de 1,9% em suas vendas, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. Já para 2022, estima-se o crescimento de 3,8% do volume de vendas deste mercado, conforme apontam os dados da EMIS, plataforma do Grupo ISI Emerging Markets.
Fábio Nunes, vice-diretor da Vertical de Negócios de Varejo da ACATE destaca o principal desafio para os varejistas neste ano. “O grande desafio para 2022 é entendermos que o consumidor já se acostumou com o online, mas quer a experiência do físico. Com isso, os varejistas precisam estar preparados para isso. A omnicanalidade já não é mais uma opção, é uma necessidade que a pandemia forçou o varejista a atender o consumidor no online e agora voltando o físico estes dois mundos precisam conversar”, afirma.
Sendo assim, a tecnologia é destaque neste segmento, que possui entre suas principais apostas a transformação digital aliada ao mundo físico para realizar vendas. Confira as principais tendências do varejo para 2022:
- E-commerce e phygital
Em crescimento durante a pandemia, as vendas realizadas pela internet representaram 21,2% do faturamento total do varejo brasileiro em 2021. Para 2022, a expectativa é de ascensão deste, porém também visualiza-se a retomada das vendas em pontos físicos a partir de melhores condições sanitárias e em busca de oferecer melhores experiências.
A jornada do cliente com as lojas, seja virtual ou física também será aprimorada, sendo alinhados os dois formatos com o conceito de “phygital”, em que pode-se explorar o uso de QR-Codes, gamificação e inteligência artificial junto à experiência presencial.
Outra tendência para o varejo é o metaverso, um mundo virtual que ampliará a experiência imersiva através da tecnologia. As possibilidades do metaverso são diversas, entre elas a capacidade de provar produtos sem precisar ir a uma loja.
- Omnichannel, comércio social e conversacional
A presença de uma marca em diversos canais é fundamental para que os clientes a encontrem. Mas além de apenas um perfil para conhecer as lojas, os dados das plataformas possibilitam que se entenda quem são e os comportamentos dos usuários. A partir disso pode-se direcionar campanhas e realizar vendas personalizadas aos seus clientes em cada um dos canais, de forma que se facilite a captação de consumidores e a fidelização deles.
- Logística de estoque e entregas
Ao passo que o e-commerce apresentou evolução, o mercado de logística também foi aprimorado de ponta a ponta. Por exemplo, tanto em reposição de estoques, distribuição de produtos entre produtor e lojas quanto na entrega para os clientes se tornaram processos aperfeiçoados com tecnologia de automação, plataformas e aplicativos de controle da cadeia de suprimentos. Com isso, os produtos tendem a chegar ao consumidor final com maior agilidade.
Alguns cases de inovação neste segmento podem ser conferidos aqui no Blog da ACATE, entre eles, estão as seguintes corporates varejistas, que se conectaram a startups através LinkLab, programa de inovação aberta da ACATE: Fort Atacadista, Koerich e Hippo.
Cofundador e CTO da startup Equilbrium, especializada em logística, Fábio Nunes, define o papel deste ramo e sua relação com a tecnologia: “O varejo se preparou muito para a conversão de clientes, mas a experiência total do consumidor ainda fica comprometida pela logística. Por isso, tem que ter muita inovação e tecnologia aplicada à gestão de logística”, aponta.
- Sustentabilidade
O emergente conceito de ESG (Environmental, Social and Governance), que busca implementar melhores práticas nos negócios com relação ao meio-ambiente, às comunidades onde a empresa se insere e a governança corporativa, trouxe a necessidade de adaptações do varejo para ser mais sustentável em diversos aspectos, como embalagens retornáveis, produção e transporte com redução nas emissões de carbono. Ou seja, iniciativas voltadas para minimização dos danos causados ao meio-ambiente são cada vez mais necessárias.
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A atuação da Vertical Varejo tem como foco gerar conhecimento e aproximar startups de grandes corporações com a missão de promover soluções tecnológicas para o segmento de varejo, de acordo com Fábio Nunes. “O grupo tem se mobilizado em várias frentes para apoiar no processo da transformação digital do varejo em todas as áreas, com soluções para marketplace, e-commerce, publicidade, melhor experiência de loja, automação de ponto de venda. Ou seja, são várias tecnologias que precisam ser combinadas para chegar no foco de qualquer varejista, que é vender mais e gerar uma boa experiência para o cliente”, destaca o vice-diretor da Vertical.
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