Abertura do WAMPS 2013 comemora a superação da meta de 500 empresas
A importância do Programa de Melhoria do Processo de Software Brasileiro (MPS.BR) pôde ser quantificada na solenidade de abertura da nona edição do Workshop Anual do MPS (WAMPS 2013), quando foi anunciado o número de 502 empresas avaliadas. O evento realizado em Campinas (SP), nesta segunda-feira (28), reuniu mais de 100 pessoas entre membros da academia, indústria e governo.
A importância do Programa de Melhoria do Processo de Software Brasileiro (MPS.BR) pôde ser quantificada na solenidade de abertura da nona edição do Workshop Anual do MPS (WAMPS 2013), quando foi anunciado o número de 502 empresas avaliadas. O evento realizado em Campinas (SP), nesta segunda-feira (28), reuniu mais de 100 pessoas entre membros da academia, indústria e governo.
Inovação foi um tema de destaque no primeiro dia do evento. Raoni Bagno da PUC Minas, em sua palestra “Dinâmica da Inovação e Oportunidades para o desenvolvimento de Software” ponderou que para as empresas serem verdadeiramente inovadoras elas devem ter competência para captar ideias, selecioná-las com critérios claros, desenvolver projetos e, principalmente, difundir os projetos com agilidade.
Já no painel “Resultados de Desempenho e Percepção da Inovação nas Organizações que adotaram o Modelo MPS”, Mariana Yazbeck, Diretora de Operações da Softex, levantou a reflexão sobre qual a importância do MPS.BR na inovação das empresas e concluiu sua apresentação com a afirmação de que inovação é percepção. “Quem diz o que é inovação é o mercado, o cliente; não é o conceito”, ponderou. Nestor Bercovih e Guilherme Travassos também compuseram a mesa de discussão.
Bercovich, economista e consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Comissão Econômica para a América Latina, está concluindo o levantamento de dados a respeito do MPS.BR para integrar uma publicação do BID, a ser lançada ainda este ano, sobre os projetos mais bem-sucedidos em diferentes países.
“O Brasil estará representado pelo MPS.BR, um caso de sucesso que pode e deve balizar as ações futuras do Banco não só para o desenvolvimento do setor de TI como de outros segmentos”, comentou. Na opinião do especialista, o MPS.BR é um caso muito interessante de política tecnológica, assim como merece destaque o papel da Softex, como uma entidade não-governamental sem fins lucrativos, que atua em conjunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O presidente da Softex, Ruben Delgado, abriu oficialmente o encontro, ressaltou a importância do Programa MPS.BR, seguido por Marcos Vinicius Guimarães, representando a Secretaria de Política de informática do MCTI, que lembrou a prioridade que o Programa tem junto ao Governo Federal. Monalessa Perini Barcelos, coordenadora científica do evento, afirmou que o WAMPS é hoje reconhecido pela comunidade acadêmica brasileira, contando com 38 artigos submetidos e 22 aceitos avaliados por um comitê. “Estamos comemorando também os 10 anos do MPS.BR e isso está refletido na nossa programação com essa iniciativa de muito sucesso e que é tipicamente brasileira”, informou.
Kival Weber coordenador executivo do Programa MPS.BR, encerrou a solenidade de abertura do WAMPS 2013 fazendo um breve resumo do programa. Ele citou que quando levadas em conta as 170 avaliações CMMI desde 2007, o Brasil ocupa o sétimo lugar no mundo. “Se somarmos a este número as avaliações MPS.BR passamos ao quarto lugar”, enfatizou. Até o momento, o MPS contabilizou 502 avaliações de software, 2 avaliações de serviços, 19 Instituições Implementadoras (II) e 12 Instituições Avaliadoras (IA). Na área de capacitação, o Programa alcançou 5.570 participantes em cursos oficiais e 117 em cursos a distância.
Como nas edições anteriores, o primeiro dia do encontro foi encerrado com a entrega das placas comemorativas aos representantes das empresas avaliadas e a apresentação do novo selo que marca os 10 anos do programa.
O MPS.BR (www.softex.br/mpsbr) é uma iniciativa brasileira coordenada pela Softex e que envolve universidades, grupos de pesquisa e empresas. Seu objetivo é promover a melhoria da qualidade e da produtividade de soluções e serviços de software de acordo com os padrões de qualidade aceitos internacionalmente, mas a custos acessíveis às empresas nacionais, principalmente as de pequeno e médio porte. Ele está em conformidade com as normas internacionais ISO/IEC 12207 e 15504 e é compatível com o CMMI (Capability Maturity Model Integration), além de ser adequado à realidade latino-americana.