ACATE apoia parceria entre Prefeitura de Blumenau e empresários que possibilita atendimento médico por WhatsApp
A união entre a Prefeitura de Blumenau e um grupo de empresas, a maioria do setor de tecnologia de Blumenau, está possibilitando a implementação de uma ferramenta que promete ajudar muitas pessoas. A Vertical de Saúde da ACATE, por meio da entidade parceira da região, a Blusoft, ajudou as empresas a estruturarem o modelo de negócios da ferramenta que auxiliará a Secretaria de Promoção da Saúde (Semus) a ampliar a capacidade de atendimento, tirar dúvidas e identificar casos suspeitos de Covid-19. Isso será feito com mais segurança para a população, que estará resguardada e não precisará sair de casa para a consulta.
Apenas os casos considerados suspeitos, após passarem por triagem, receberão orientação para aderir ao isolamento ou procurar os hospitais preparados para o tratamento do coronavírus. A possibilidade de uso da ferramenta, o Doktor, pelo município foi oficializada na semana passada pelo Grupo Empresas pela Telemedicina, que é como se autointitulam os financiadores do projeto, por meio de um termo de comodato – ou seja, um empréstimo gratuito para utilização durante a pandemia.
De acordo com o médico e secretário da Saúde de Blumenau, Winnetou Michel Krambeck, o chat de teleatendimento médico que passa a ser disponibilizado para a população vem integrar outras ações que já estão sendo realizadas, com o Alô Saúde e o Whatsapp de orientação sobre o coronavírus. “São ferramentas que, por meio da tecnologia e da interação entre comunidade e profissionais de saúde, possibilitam que a pessoa possa descrever seus sintomas, receber uma orientação clínica mais assertiva e naqueles quadros em que é recomendado, fique o máximo possível em casa, se cuidando e praticando o isolamento social, tão importante para tentar evitar o crescimento de casos positivos no nosso município”, enfatizou o secretário.
O uso da telemedicina no combate ao coronavírus foi autorizado no Brasil pelo Conselho Federal de Medicina, em 19 de março, em caráter excepcional, justamente porque ele agiliza o mapeamento e a identificação de casos sem expor população e médicos ao risco desnecessário de contágio, já que o atendimento é remoto. Desde então, a administração municipal buscou formas para viabilizar o serviço e implementá-lo.
A ação das empresas já arrecadou R$ 40 mil em doações de recursos financeiros, quantia que vai viabilizar 8 mil consultas. A meta do grupo de empresas é levantar mais R$ 160 mil, o que possibilitaria um total de 40 mil consultas por teleatendimento, o equivalente a uma cobertura de 11% da população de Blumenau. Esse plano foi estabelecido considerando as estimativas de autoridades em saúde, que projetam uma escalada da incidência do vírus nos meses de maio e junho no país.
“O Covid-19 é um problema de toda a sociedade, e precisamos ser parte da solução. É o que estamos fazendo, levantando recursos junto à iniciativa privada para viabilizar a utilização da ferramenta e, desta forma, ajudar a cidade de Blumenau a salvar vidas por meio da tecnologia. Esperamos que esta iniciativa sirva de exemplo para outras regiões do estado e do país”, diz Ronaldo César Schork Júnior, Gerente de Inovação da empresa de soluções em TI HBSIS, uma das financiadoras do projeto.
Como usar o serviço
O serviço, que é gratuito para a população, já está no ar. Por meio do número de WhatsApp (47) 99935-3561, pessoas que têm dúvidas sobre a Covid-19 ou apresentam sintomas da doença (como febre, tosse, cansaço, dificuldade para respirar e perda de olfato e paladar) podem entrar em contato com um médico, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. A plataforma foi construída seguindo todos os padrões estabelecidos pela portaria 467/2020 do Ministério da Saúde, que dispõe sobre as ações em telemedicina durante a pandemia, e atendendo a todos os preceitos éticos, autonomia, bem como segurança e proteção das informações dadas pelos usuários.
Em um primeiro momento, quem buscar atendimento por meio da ferramenta passará por uma triagem, realizada por um robô dotado de Inteligência Artificial (IA). A IA é treinada diariamente, de acordo com as novas descobertas relacionadas aos tratamentos e sintomas do coronavírus, para que, por meio de perguntas simples, seja capaz de encaminhar para a consulta médica somente os casos suspeitos. Estes, então, serão atendidos por um médico, por chamada de vídeo, chat ou chamada de áudio.
Quem entrar em contato fora do horário de expediente dos médicos e for classificado, na triagem, para passar à etapa seguinte, receberá informações sobre os postos de atendimento presenciais e seus horários de atendimento.
“A base dessa ferramenta já é usada em mais de 1 mil hospitais no Brasil e segue todos os protocolos de segurança e confidencialidade exigidos nesse tipo de atendimento”, ressalta Alex Sandro da Silva, CEO da Lector Tecnologia, empresa envolvida no desenvolvimento do projeto.
Além da HBSIS, são financiadoras do projeto Viacredi, IBM e Jus Medicina Direito Médico. A iniciativa ainda conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Médicos Executivos, Sociedade Brasileira de Clínica Médica, Sociedade Maçônica Regional – Vale do Itajaí, Cuka Filmes, Associação Empresarial de Blumenau, Associação Brasileira de Medicina de Urgência e Emergência, Lector Tecnologia, Ezok Inteligência Artificial e Sonica.
Para mais informações sobre a ação acesse: https://youtu.be/qf9fEORZIDs.