ACATE e prefeitura de Florianópolis credenciam Soho na Rede Municipal de Centros de Inovação
A Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) e a Prefeitura Municipal de Florianópolis credenciaram na última terça-feira (30) o quarto espaço da Rede Municipal de Centros de Inovação. O ambiente é o Soho, localizado no bairro Itaguaçu, na região Continental da cidade. O evento de lançamento contou com palestra do empreendedor In Hsieh, CEO da Chinnovation-CBIPA.
“Esta unidade está completando a Rede Municipal de Centros de Inovação, iniciativa inédita no Brasil. Quero agradecer em nome de todo cidadão de Florianópolis, porque essa é uma entrega enorme para todos nós. Em nosso primeiro centro de inovação, já percebemos como o habitat muda completamente o desenvolvimento de um ecossistema e fortalece um setor”, disse Silvio Kotujansky, vice-presidente de Mercado da ACATE.
O prefeito Gean Loureiro afirmou que, assim como nos outros centros da Rede, haverá uma sala da prefeitura de Florianópolis no espaço para orientar os empreendedores. “Daremos uma atenção especial aos pequenos empreendedores, que são os que estão se tornando grandes na área de tecnologia”, destacou.
In Hsieh, que já foi head de e-commerce da Xiaomi na América Latina, além de estar entre os fundadores da Submarino e da Baby.com.br, abriu sua palestra ressaltando que muito mais do que desenvolver tecnologia, inovação é pensar no funcionamento da empresa e do ecossistema como um todo. “Hoje em dia não vamos mais impor nossas ideias ao mercado — muitas vezes até podemos ter grandes sacadas, mas a aceitação agora vem de entender a necessidade do consumidor não só de forma teórica, mas indo ao campo testar. Uma de minhas empresas, a 4Vets, passou por três modelos de negócio até chegar ao formato atual”, disse.
Hsieh realçou alguns aspectos que têm levado à ascensão da China no setor tecnológico. No país, a estratégia do segmento consiste na digitalização de tudo, velocidade de execução, capital intelectual como vantagem competitiva e modelo de negócios de plataforma. O empreendedor apontou ainda algumas semelhanças entre a China e o Brasil, como o fato de contarem com uma classe média pujante e de as duas populações terem dado “saltos tecnológicos” — elas começaram a utilizar a internet principalmente quando houve a popularização do celular, pulando a fase do desktop e do notebook, por exemplo.
Ao final, o empresário desafiou os empreendedores catarinenses a refletirem como eles podem ser protagonistas no ecossistema que engloba o mercado de atuação de cada um. “Meu desafio para cada um vocês é que pensem grande, porque talvez o concorrente esteja pensando maior do que vocês”, provocou Hsieh.