Aos 34 anos, catarinense Reivax entra no mercado de energia solar
Até 2040, a energia solar fotovoltaica deve ultrapassar as demais fontes de energia atuais (incluindo gás, carvão, energia eólica e hídrica) e se tornar a principal matriz energética no mundo, segundo estimativas da International Energy Agency (IEA).
Em Santa Catarina, a Reivax Automação e Controle, uma das empresas pioneiras do setor de tecnologia – e que chegou a 40 países com foco em sistemas para controle de geração de energia elétrica – anunciou nesta semana a entrada no segmento de energia solar fotovoltaica. A Reivax é associada a ACATE
A empresa fez o lançamento oficial de uma linha de soluções para este mercado durante evento online na última quinta (01.04), quando completou 34 anos de atividade. O objetivo é acompanhar o rápido crescimento global do setor de geração de energia a partir de fontes renováveis. Neste momento a empresa tem propostas de fornecimento que somam cerca de 5.000 megawatts (MW).
Fundada em 1987 em Florianópolis, a Reivax apresentou crescimento médio anual de 15% ao longo dos últimos cinco anos – e espera manter o patamar em 2021. Neste ano, a capacidade produtiva deve ser ampliada em 10% para atender as demandas contratadas. Ao todo, a companhia tem 177 colaboradores baseados em Florianópolis e nas filiais no Canadá e na Suíça.
INVESTIMENTOS EM P&D REPRESENTAM CERCA DE 15% DA FOLHA
A entrada no segmento de energia solar tem forte contribuição dos investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), que hoje corresponde a aproximadamente 15% da folha de pagamento. Além de ampliar o investimento em pessoal, a empresa deve aumentar o orçamento da área de P&D.
“O controle da geração de energia em Usinas Fotovoltaicas (UFV) é um controle conjunto de energia dos diversos inversores, área na qual temos vasta experiência e diversos projetos executados”, diz o CEO Fernando Amorim da Silveira. A empresa dispõe de um sistema integrado para supervisão e controle, além de um software proprietário. “É um equipamento indispensável para qualquer UFV Centralizada, que são aquelas com capacidade de geração acima de 5MW e que se conectam ao Sistema Integrado Nacional (SIN)”, destaca Amorim.
O setor energético brasileiro tende a ser um dos grandes beneficiados com a investida da multinacional, que atualmente está presente em mais de 40 países ao redor do mundo. No Brasil, as usinas fotovoltaicas com capacidade de geração superior a 5MW precisam desse tipo de controlador para controlar a energia entregue no ponto de conexão com o Sistema Interligado Nacional (SIN).
“É fundamental para que a usina funcione dentro das condições estabelecidas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), além de ser importante para o cumprimento de contratos PPAs, quando o empreendimento fornece sua energia para o mercado livre de energia”, resume o CEO.
Até 2025, a empresa espera que o segmento solar responda por cerca de 25% do faturamento anual.
*Fonte SC Inova