Artigo: ” Aceleração vs. Incubação”, por Kamila Bittarello
Somos acostumados a ouvir que para ter sucesso em um negócio basta ter uma boa ideia. Mas para além da ideia genial, existe uma infinidade de fatores que influenciam no sucesso ou fracasso de um empreendimento. Nos passos iniciais, os empreendedores podem buscar apoio de instituições que mostrem o caminho para a concretização do negócio, como os programas de aceleração e de incubação. Mas, afinal, qual é a melhor opção?
Somos acostumados a ouvir que para ter sucesso em um negócio basta ter uma boa ideia. Mas para além da ideia genial, existe uma infinidade de fatores que influenciam no sucesso ou fracasso de um empreendimento. Nos passos iniciais, os empreendedores podem buscar apoio de instituições que mostrem o caminho para a concretização do negócio, como os programas de aceleração e de incubação. Mas, afinal, qual é a melhor opção?
De forma bem simplificada, a incubação é dedicada a negócios nascentes que precisam de mais tempo de apoio. Já os programas de aceleração têm como foco negócios com alto potencial de crescimento e rápida alavancagem. A diferença se dá pelo grau de desenvolvimento da empresa. Se o negócio é embrionário e necessita de preparação além das questões técnicas para alcançar melhores resultados no mercado, as incubadoras poderão ajudar a dar forma ao empreendimento por meio de assessorias e acesso ao mercado. Agora, se a solução já está validada e precisa de apoio para ser mais competitiva no mercado, os programas de aceleração podem encurtar o caminho.
A correlação entre os modelos acontece uma vez que incubação e aceleração têm como base os mesmos princípios: aproximação do negócio com fontes capital, oferta de serviços, aplicação de mentorias e coaching para os empreendedores. No MIDI, temos a prática de selecionar times engajados ainda na pré-incubação. Com isso, garantimos que mesmo que a ideia inicial não vá para frente, podemos contar com as equipes na reestruturação do negócio. Focando no desenvolvimento dos empreendedores, consequentemente os empreendimentos estarão bem preparados para o mercado e mais atrativos para investimentos.
Nós incentivamos que as empresas nascentes em estágio mais avançado de desenvolvimento se envolvam em programas de aceleração de outros países para alavancar suas soluções, em escala internacional. Os dois métodos são, por fim, complementares. Na incubadora, os negócios encontram apoio para se desenvolverem e tomarem forma. Com isso, se tornam aptos a participar de programas de aceleração, que alavancam a startup.
*Por Kamila Bittarello, coordenadora técnica do MIDI Tecnológico, incubadora gerida pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) e mantida pelo Sebrae/ SC. Artigo publicado originalmente no jornal Diário Catarinense em 03/10/2016.