Artigo: As boas práticas de empresas que abriram capital
No dia 13 de abril tivemos a oportunidade de participar do “Seminário de Abertura de Capital”, realizado pelo C2i – FIEPR, em Curitiba. Dentre vários depoimentos de representantes de bancos de investimentos, auditores, conselheiros e da própria Bovespa, destacou-se o debate de empresários que já passaram por tal processo, Wolney Betiol, da Bematech e Miguel Abuhab, da Datasul.
No dia 13 de abril tivemos a oportunidade de participar do “Seminário de Abertura de Capital”, realizado pelo C2i – FIEPR, em Curitiba. Dentre vários depoimentos de representantes de bancos de investimentos, auditores, conselheiros e da própria Bovespa, destacou-se o debate de empresários que já passaram por tal processo, Wolney Betiol, da Bematech e Miguel Abuhab, da Datasul. Coincidência ou não, ambos são empresários do setor de tecnologia que percorreram caminhos distintos e abriram o capital de suas empresas na bolsa de valores brasileira. Entretanto, algumas similaridades das suas histórias merecem destaques e servem de exemplo para as diversas micro e pequenas empresas que circulam nos ambientes de inovação e empreendedorismo. Entre estes, valem ser destacados:
1) Transparência nas relações com empregados e investidores: princípios básicos dos valores praticados nas companhias foram relevantes para o sucesso do empreendimento, e a confiança estabelecida entre empreendedores e seus investidores e empregados, através da transparência das atitudes e informações, foi fundamental para proporcionar crescimento ao negócio;
2) Estabelecimento de regras de Governança Corporativa (GC): em ambos os casos, a GC foi tratada como algo fundamental para profissionalizar a gestão desde o início e, além de proporcionar experiência aos executivos e novos empreendedores, agregou valor às ações das respectivas companhias;
3) Equidade entre sócios: sempre à frente do controle societário das companhias, os empresários trataram os fundos de investimentos e outros investidores minoritários de maneira equânime, proporcionando segurança àqueles que acreditaram no potencial do negócio investido.
Por fim, destacamos também a importância que foi dada pelo consultor de governança corporativa do IBGC, Marcelo Bertoldi, aos aspectos que valorizam um negócio, independente do seu estágio de desenvolvimento. Além da governança corporativa e transparência das informações e relações, destacou a importância de um investidor nos negócios e a capacidade que o empreendedor e sua equipe têm na execução do planejamento estratégico definido pela empresa.
Como gestores do Fundo SC, acreditamos nos valores mencionados neste artigo e manifestamos nosso interesse em compartilhar o risco dos negócios em parceria com empresários que compartilham destes valores e percepções.
Marcelo Ferrari Wolowski e José Henrique Moreira, Gestores do Fundo SC