12/fev/2009
BNDES amplia financiamentos, mas aumenta juros
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, anunciou nesta terça-feira (10/02) mudança nas regras do Programa Especial de Crédito (PEC), destinado a capital de giro, e alterações nas atuais condições de financiamento. Apesar de permitir que as empresas possam ampliar seus limites de financiamento durante o período de crise financeira mundial, o banco de fomento aumentou algumas das taxas de juros a serem cobradas nas operações.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, anunciou nesta terça-feira (10/02) mudança nas regras do Programa Especial de Crédito (PEC), destinado a capital de giro, e alterações nas atuais condições de financiamento. Apesar de permitir que as empresas possam ampliar seus limites de financiamento durante o período de crise financeira mundial, o banco de fomento aumentou algumas das taxas de juros a serem cobradas nas operações.
As medidas ampliam para 100% os financiamentos para a compra de bens de capital; ampliam o prazo de pagamento e o limite disponibilizado por empresas; aumentam a possibilidade de financiamento para até 80% para compra de caminhões e ônibus usados.
Contudo, em média, os juros dos créditos do BNDES terão alta de 0,17 %, porque a maioria das novas linhas passou a ser atrelada à TJTN (Taxa de Juros do Tesouro Nacional), de 8,25% ao ano. Antes, estas linhas eram atreladas à TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo, hoje em 6,25%). A justificativa das altas é a necessidade de cobrir o empréstimo de R$ 100 bilhões concedido pelo Tesouro para suas linhas de crédito.
"(A medida) vai ajudar as empresas a terem um período de carência no ano mais difícil, que é 2009", afirmou Coutinho. Mesmo traçando um panorama melhor para o Brasil no início deste ano, inclusive com sinais de que as turbulências "pararam de piorar", ele explicou que é preciso "apoiar a economia e auxiliar na concessão de crédito com a expectativa que possamos ajudar a economia a atravessar o fundo do poço".
Para bens de capital, por exemplo, o BNDES irá disponibilizar recursos para financiar a compra de 100% de bens de capital da linha de Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame), com juros de TJLP mais 0,9% para 80% do financiamento e com custo de 11,25% para a parcela adicional dos 20% restantes. "Se considerar que a empresa pode financiar 100%, ainda que com uma taxa mais cara, ela pode economizar capital de giro, que tem um custo muito alto", disse.
"Estamos repassando (os novos juros) de uma maneira muito racional, distribuída, tendo como lógica ampliar o leasing, (…) trazer liquidez. Quando estamos oferecendo os 20% suplementares a uma taxa de 11,25%, isso é muito mais barato que o mercado iria cobrar", justificou Coutinho.
Para leasing de bens de capital novos e usados, o banco de fomento poderá financiar até 100%, com taxas de 13,75% e 11,75%, respectivamente. Anteriormente, os financiamentos dessa categoria eram de no máximo 60% e estavam vinculados à TJLP. Em todos os casos, além do custo financeiro do BNDES, incide o spread cobrado pelo agente financeiro.
Nas linhas destinadas a capital de giro por meio do PEC, o BNDES ampliou de 24 para 36 meses o prazo total para o pagamento, com 12 meses de carência e 24 meses para amortização, além de ter aumentado de R$ 50 milhões para R$ 200 milhões o limite que pode ser disponibilizado por empresa. Para esta modalidade, as taxas cobradas deverão cair de 16,55% para 14,5% ao ano.
Houve também o anúncio de redução de 14,25% para 13,75% no custo da linha de empréstimos-ponte para projetos de infra-estrutura.
Atualmente com R$ 6 bilhões de volume atual, a linha do Programa Especial de Crédito pode ter seus valores ampliados, caso o BNDES observe necessidade disso. "Se houver demanda suplementar podemos expandi-la. Se a situação continuar difícil e escassa, podemos ampliar (os valores). Hoje temos R$ 1 bilhão operados. Não sentimos a necessidade de ampliar agora", afirmou Luciano Coutinho.
No caso de financiamento à exportação na fase de pré-embarque, o prazo das operações foi estendido de 18 para 24 meses e foi cancelado o limite máximo de R$ 150 milhões por beneficiária.
De acordo com o presidente do BNDES, cerca de 60% das linhas de crédito da instituição continuam com o custo anterior, ou seja, atrelado à variação da TJLP, atualmente em 6,25% ao ano. É o caso, segundo ele, do Cartão BNDES, das linhas de crédito vinculadas à responsabilidade ambiental, para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e para energia elétrica, além de programas sociais e de inovação.
As medidas ampliam para 100% os financiamentos para a compra de bens de capital; ampliam o prazo de pagamento e o limite disponibilizado por empresas; aumentam a possibilidade de financiamento para até 80% para compra de caminhões e ônibus usados.
Contudo, em média, os juros dos créditos do BNDES terão alta de 0,17 %, porque a maioria das novas linhas passou a ser atrelada à TJTN (Taxa de Juros do Tesouro Nacional), de 8,25% ao ano. Antes, estas linhas eram atreladas à TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo, hoje em 6,25%). A justificativa das altas é a necessidade de cobrir o empréstimo de R$ 100 bilhões concedido pelo Tesouro para suas linhas de crédito.
"(A medida) vai ajudar as empresas a terem um período de carência no ano mais difícil, que é 2009", afirmou Coutinho. Mesmo traçando um panorama melhor para o Brasil no início deste ano, inclusive com sinais de que as turbulências "pararam de piorar", ele explicou que é preciso "apoiar a economia e auxiliar na concessão de crédito com a expectativa que possamos ajudar a economia a atravessar o fundo do poço".
Para bens de capital, por exemplo, o BNDES irá disponibilizar recursos para financiar a compra de 100% de bens de capital da linha de Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame), com juros de TJLP mais 0,9% para 80% do financiamento e com custo de 11,25% para a parcela adicional dos 20% restantes. "Se considerar que a empresa pode financiar 100%, ainda que com uma taxa mais cara, ela pode economizar capital de giro, que tem um custo muito alto", disse.
"Estamos repassando (os novos juros) de uma maneira muito racional, distribuída, tendo como lógica ampliar o leasing, (…) trazer liquidez. Quando estamos oferecendo os 20% suplementares a uma taxa de 11,25%, isso é muito mais barato que o mercado iria cobrar", justificou Coutinho.
Para leasing de bens de capital novos e usados, o banco de fomento poderá financiar até 100%, com taxas de 13,75% e 11,75%, respectivamente. Anteriormente, os financiamentos dessa categoria eram de no máximo 60% e estavam vinculados à TJLP. Em todos os casos, além do custo financeiro do BNDES, incide o spread cobrado pelo agente financeiro.
Nas linhas destinadas a capital de giro por meio do PEC, o BNDES ampliou de 24 para 36 meses o prazo total para o pagamento, com 12 meses de carência e 24 meses para amortização, além de ter aumentado de R$ 50 milhões para R$ 200 milhões o limite que pode ser disponibilizado por empresa. Para esta modalidade, as taxas cobradas deverão cair de 16,55% para 14,5% ao ano.
Houve também o anúncio de redução de 14,25% para 13,75% no custo da linha de empréstimos-ponte para projetos de infra-estrutura.
Atualmente com R$ 6 bilhões de volume atual, a linha do Programa Especial de Crédito pode ter seus valores ampliados, caso o BNDES observe necessidade disso. "Se houver demanda suplementar podemos expandi-la. Se a situação continuar difícil e escassa, podemos ampliar (os valores). Hoje temos R$ 1 bilhão operados. Não sentimos a necessidade de ampliar agora", afirmou Luciano Coutinho.
No caso de financiamento à exportação na fase de pré-embarque, o prazo das operações foi estendido de 18 para 24 meses e foi cancelado o limite máximo de R$ 150 milhões por beneficiária.
De acordo com o presidente do BNDES, cerca de 60% das linhas de crédito da instituição continuam com o custo anterior, ou seja, atrelado à variação da TJLP, atualmente em 6,25% ao ano. É o caso, segundo ele, do Cartão BNDES, das linhas de crédito vinculadas à responsabilidade ambiental, para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e para energia elétrica, além de programas sociais e de inovação.