Brasil é 4º destino favorito de estrangeiro para investir
O Brasil é o quarto destino escolhido pelos empresários estrangeiros na hora de projetar os investimentos neste ano, avançando duas posições em relação à pesquisa anterior, segundo a consultoria norte-americana A.T. Kearney.
O Brasil é o quarto destino escolhido pelos empresários estrangeiros na hora de projetar os investimentos neste ano, avançando duas posições em relação à pesquisa anterior, segundo a consultoria norte-americana A.T. Kearney.
O interesse pelo País passa por fatores como as perspectivas de crescimento, que são mais positivas que as da maioria das economias globais, o desejo dos empresários de estarem presentes no mercado brasileiro na hora da retomada e a estabilidade das regras. “É a confiança de que você vai poder investir no País e será capaz de usufruir o seu investimento”, afirma Dario Gaspar, vice-presidente da consultoria.
E os empresários que têm mais interesse pelo Brasil são os ligados à indústria pesada, com foco em áreas como petróleo (devido ao pré-sal), química, concreto (pelas perspectivas de avanço nos setores de infraestrutura e construção civil) e automobilística – em que o País aparece como uma das principais apostas das grandes montadoras globais.
Outro indicador de que o empresariado global está confiante na economia brasileira é que 22% deles disseram que as perspectivas atuais são melhores do que há um ano. Apenas China e Índia têm índices mais positivos que o brasileiro. Para a A.T. Kearney, os empresários consideram que os investimentos nesses três países são vistos como indispensáveis para manter a competitividade no mercado no futuro.
Além disso, a confiança no Brasil não está concentrada em uma única região. Apesar de a América do Norte liderar o otimismo em relação ao Brasil, o País também aparece entre os primeiros entre os investidores europeus e asiáticos. “O Brasil é cada vez mais bem conhecido fora do país”, diz Gaspar.
O executivo afirma que a pesquisa aponta uma tendência de investimento estrangeiro e que não é possível dizer se esses gastos vão crescer neste ano, mas que eles devem aumentar a sua participação em relação ao volume global. Segundo dados da Unctad (órgão da ONU para comércio e desenvolvimento), o investimento direto estrangeiro no Brasil teve queda de 49,5% em 2009 – ante média global de 39% de retração.
Para Gaspar, salvo uma ruptura, como uma crise, a tendência é o Brasil continuar entre os favoritos para receber investimento nos próximos anos.
Folha de S. Paulo