Brasil é o quinto país que mais investiu em TICs no mundo
As tecnologias da informação e comunicação (TICs) se tornaram um propulsor poderoso do mercado global. Os investimentos somaram no ano passado US$ 2,09 trilhões no mundo, somente em hardware, software e serviços. No Brasil, a área se tornou um grande influenciador da economia nacional, tanto que o País injetou US$ 60 bilhões em 2014, alcançando a sétima posição no ranking mundial.
As tecnologias da informação e comunicação (TICs) se tornaram um propulsor poderoso do mercado global. Os investimentos somaram no ano passado US$ 2,09 trilhões no mundo, somente em hardware, software e serviços. No Brasil, a área se tornou um grande influenciador da economia nacional, tanto que o País injetou US$ 60 bilhões em 2014, alcançando a sétima posição no ranking mundial. Nas TICs, que envolvem também telecomunicações, foram US$ 158 bilhões aportados no mesmo período, sendo a quinta nação que mais colocou recursos no setor.
Investimento de US$ 158 bilhões em TICs mostra o interesse da indústria brasileira em tecnologias – Foto: SebraeOs dados foram apresentados pela Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) nesta quarta-feira (19), em Brasília (DF), durante encontro da Frente Parlamentar de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação da Câmara dos Deputados. De acordo com o estudo, o Brasil representa 3% do mercado mundial. Os Estados Unidos manteve a liderança em TI, com US$ 679 bilhões em investimentos, seguido da China, com US$ 201 bilhões.
Segundo o presidente da Abes, Jorge Sukarie, mesmo a crise econômica vivida pelo Brasil não foi capaz de afetar inteiramente os investimentos no País. "O mercado no Brasil cresceu 6,7% em 2014. Pela primeira vez, a gente está crescendo menos de 10%, mas ainda assim, considerando que a economia brasileira mudou de lado no ano passado, é um crescimento bastante expressivo. Mesmo para esse ano, com expectativa de recessão, o setor deverá crescer algo em torno de 7%, mais que a média mundial, de 3%", garantiu Sukarie.
Cada vez mais as empresas nacionais investem em tecnologia e entendem como a TI pode afetar a economia brasileira. Para Sukarie, o setor se mostrou estratégico, com um mercado interno muito grande. Em 2014, o País contava com 120 milhões de usuários de internet. "O Brasil é a setima maior economia do mundo, então isso acaba fazendo com que o mercado tenha que ficar ligado diretamente nos investimentos em diversos seguimentos, o que acaba sendo o grande propulsor para termos essa posição de destaque", explicou.
América Latina
O estudo mostrou também que o Brasil está em primeiro lugar no ranking de investimentos no setor de TI na América Latina, representando 46% desse mercado que, em 2014, somou US$ 128 bilhões. Ao considerar isoladamente o setor de software, o faturamento atingiu no ano passado a marca de US$ 11,2 bilhões, sem exportações. Já o de serviços registrou um valor de US$ 14 bilhões no mesmo período.
Desoneração da folha
Para garantir a posição privilegiada, Jorge Sukarie acredita que é necessário o Brasil manter um ambiente de negócio favorável e afastar a insegurança jurídica, para que as empresas continuem a investir no País. Umas das formas de conseguir isso seria com a revisão da desoneração da folha de pagamento, que entre vários setores, afetou também o das TICs. Antes elas recolhiam 2% do faturamento para contribuição da previdência dos colaboradores e agora passarão a pagar 4,5% da receita.
"Entre outras iniciativas se incluiu uma legislação tributária clara, eliminação da burocracia, diminuição do custo Brasil, enfim, diversos fatores que acabam aumentando o risco de operar no Brasil", esclareceu Sukarie.
O estudo completo da Abes pode ser visto neste link.
(Leandro Cipriano, da Agência Gestão CT&I)