A CEBRA participou, em Brasília, do lançamento das atividades da P&D Brasil (Pesquisa e Desenvolvimento), associação que reúne 27 empresas do setor eletroeletrônico que detêm o domínio do ciclo de desenvolvimento de produtos sofisticados. A CEBRA e as empresas associadas foram consideradas pela entidade como transformadoras, não de insumos, mas de conhecimento, agregando alto valor aos produtos fabricados no Brasil.
A CEBRA participou, em Brasília, do lançamento das atividades da P&D Brasil (Pesquisa e Desenvolvimento), associação que reúne 27 empresas do setor eletroeletrônico que detêm o domínio do ciclo de desenvolvimento de produtos sofisticados. A CEBRA e as empresas associadas foram consideradas pela entidade como transformadoras, não de insumos, mas de conhecimento, agregando alto valor aos produtos fabricados no Brasil.
A P&D surge para aproximar e estimular a cooperação entre as empresas do setor. Não é uma nova entidade setorial, mas uma associação que complementa outras agremiações, focada no desenvolvimento da tecnologia e inovação. "Vida longa à P&D!", saudou o diretor geral do Senai e diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi. Segundo o diretor da CNI, a entidade reúne uma plataforma extremamente importante para o desenvolvimento da atividade industrial. "É uma associação com um DNA superior, não apenas com uma agenda associativa, tradicional."
Assessora especial da Presidência do BNDES, Margarida Baptista destacou a importância do comprometimento dos empresários em trabalhar não somente em prol de sua sustentação como empresas produtoras, mas pelo esforço para o aprofundamento da capacidade da inovação e capacitação tecnológica do país nessa área. "Não é só uma associação para tratar de interesses comuns de apoio à inovação, há também o compromisso de cooperação, palavra-chave para saltos qualitativos no enfrentamento dos grandes desafios do setor privado", disse.
O Secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão, saudou a criação da associação P&D Brasil, e disse que a entidade nasce com uma grande vertente de inovação, reunindo 27 empresas dotadas com o certificado de tecnologia nacional da Portaria 950 do MCTI. "Esse é seu grande marco, é um compromisso com ações estruturantes que o governo federal vem tomando com vistas à geração de conhecimento de indústrias e do desenvolvimento do nosso país", disse.
Ele também manifestou a satisfação do Ministério das Comunicações ao saber que as indústrias representadas pela P&D geram até 85% de valor agregado para o país. Maximiliano Martinhão lembrou que um dos eixos na criação do Plano Nacional de Banda Larga é o da inovação e da indústria do país.
No ano passado, informou o Secretário, a banda larga móvel cresceu mais de 70%, e a banda larga fixa mais de 30%. "O País já ultrapassa mais de 350 milhões de acessos a telecomunicações", adiantou, acrescentando que, em qualquer nível de parâmetro internacional, o Brasil ocupa o quarto ou quinto lugar no mercado mundial de telecomunicações. "Hoje sobram razões de otimismo para que os senhores possam investir", afirmou.
Integração
Em seu pronunciamento, o presidente da P&D falou sobre o contexto de criação da entidade, que começou há cerca de um ano e meio, com o reconhecimento pelas empresas sobre a importância de promover a cooperação e a integração do setor. "A inovação sempre esteve nas nossas vidas, a diferença é que não só entendemos o que significa, sabemos como fazer para chegar lá", disse Luiz Gerbase.
O Brasil não está atrasado no processo de produção de tecnologia, garantiu o empresário. Segundo ele, as empresas sabem como fazer, o país tem as pessoas certas, mercado interno, universidades, um conjunto de condições favoráveis. "O momento de fazer é agora: em tecnologia não existe bonde que passou, tecnologia anda de avião e tem muito avião passando", comparou.
O mapa estratégico da P&D possui seis grandes processos em torno dos quais a entidade se organiza: tecnologia, relacionamento institucional, recursos humanos, capital e financiamento, promoção comercial de exportação e política industrial. Em torno desses eixos estão sendo criadas câmaras temáticas de trabalho. "É uma associação de cooperação de criatividade e de conhecimento", completou.
O evento de lançamento da P&D Brasil contou com a presença do presidente da Telebrás, Caio Bonilha; dos conselheiros da Anatel Rodrigo Zerbone Loureiro e Roberto Pinto Martins; do assessor da Presidência do BNDES Carlos Azen; do superintendente da Certi, Carlos Alberto Schneider, e do representante da Associação Brasileira do Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Martins de Araújo. A Finep foi representada por Alexandre Barragat de Andrade, o representante da diretoria da Inovação da CNI Rodrigo de Araújo Teixeira.
Do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), estiveram presentes o diretor da Secex, André Marcos Favero; o Coordenador Geral da Secretaria de Desenvolvimento da Produção, Alexandre Cabral, e Igor Nazaré, representando a diretoria de Fomento e Inovação. Do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a diretora do Departamento de Políticas, Marylin da Silva Nogueira, e a equipe da Secretaria de Política de Informática Adalberto Afonso Barbosa, Hamilton Mendes e Francisco Silveira.
A secretária-executiva da P&D, Rosilda Prates, apresentou a diretoria da entidade, citando os vice-presidentes Altair Silvestre (Intelbras), Antonio Carlos Porto (Datacom), José Luis Korman (Digicon/Perto), Regina Souza (Parks) e Edinaldo Pinto (LandisGyr). Ela agradeceu a contribuição de todos os presentes para a criação da P&D Brasil, convocando a todos a um trabalho conjunto.
A CEBRA e as 26 associadas pioneiras da entidade são empresas de destaque no mercado brasileiro, com diversidade setorial e regional. Em média, investem 16% em pesquisa e desenvolvimento, índice muito acima do realizado pelas demais indústrias do setor, em torno de 1,6%. Com cerca de 26 anos de existência no mercado vêm registrando crescimento nas exportações.