Em 2008 também foram retirados do ar cerca 15,3 mil anúncios irregulares e 360 sites que comercializavam produtos ilegais, um total 48% superior se comparado ao ano anterior. Além disso, as entidades receberam mais de 8,2 mil contatos, por e-mail e por telefone, com denúncias sobre esse crime. Como conseqüência 3,1 mil notificações foram enviadas, um crescimento de 9% em relação a 2007.
Além de todo o esforço para reprimir a pirataria, medidas educativas também foram o grande foco das associações. O Programa de Treinamento de Capacitação em Antipirataria e o Projeto Escola Legal são os dois principais projetos nesse sentido. O primeiro, que passou por 24 cidades em todo o país, contou com a participação de mais de 2,2 mil agentes públicos e 1,3 mil universitários e empresários. Os objetivos foram oferecer subsídios técnicos e jurídicos para um combate mais efetivo em cada uma dessas localidades, bem como conscientizar os demais participantes sobre os prejuízos causados para a economia local.
Já o Projeto Escola Legal também encerrou o período com um resultado bastante positivo. Em 2008 o programa visitou Campinas, Goiânia, Porto Alegre e São Paulo e atingiu 62 escolas. Segundo a Câmara Americana do Comércio (Amcham), mais de 12 mil alunos e 302 professores participaram dessa edição.
"Tivemos um ano bastante intenso. Um dos grandes esforços foi investir em ações educativas, pois acreditamos que somente com o apoio da sociedade será possível reverter esse cenário. Infelizmente o que observamos em nosso país é que a pirataria ainda é socialmente aceita. Por isso, combatê-la é uma tarefa árdua e que requer tempo. Temos grandes desafios pela frente, mas sem dúvida precisamos comemorar os resultados já conquistados", afirma Antônio Eduardo Mendes da Silva, coordenador do grupo de trabalho de Antipirataria da ABES.