Conferência regional de CT&I dá subsídios para evento nacional
Giraram em torno de 4 eixos temáticos os debates entre os participantes da Conferência Regional Sul de Ciência, Tecnologia e Inovação, encerrada em Porto Alegre no dia 27 de março. Nela estiveram representantes de instituições de ensino superior, dos setores empresarial e governamental, incluindo agências de fomento à pesquisa científica e tecnológica como a Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
Giraram em torno de 4 eixos temáticos os debates entre os participantes da Conferência Regional Sul de Ciência, Tecnologia e Inovação, encerrada em Porto Alegre no dia 27 de março. Nela estiveram representantes de instituições de ensino superior, dos setores empresarial e governamental, incluindo agências de fomento à pesquisa científica e tecnológica como a Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
A partir das propostas dos 3 estados sulinos, os conferencistas sugeriram diversas ações e diretrizes.
Construir uma política de Estado que considere o país como uma federação e favoreça o equilíbrio entre as unidades federativas foi a primeira orientação do grupo cujo tema era Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI). Coordenado pelo Prof. Benjamim de Melo Carvalho, Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual de Ponta Grossa, o grupo também propôs assegurar a participação do SNCTI na definição dos critérios de alocação de recursos do Fundo Social do Pré-Sal em CT&I. Este grupo teve como relatora a Professora Maria Zilene Cardoso, Diretora de Administração da Fapesc e contou com a participação do presidente da Fundação, Diomário Queiroz.
A discussão em torno de segundo eixo temático, Inovação na sociedade e nas empresas, foi coordenada pelo Prof. Carlos Alberto Schneider, superintendente geral da Fundação CERTI. Segundo ele, a inovação é estratégica para o desenvolvimento econômico e social do país,“mas estamos ainda patinando neste processo e por isso nossas propostas foram para aumentar sua dinâmica”.
Disseminar uma cultura inovadora e empreendedora no ambiente produtivo foi recomendado pelo grupo do Eixo II, o qual também salientou que a formação de recursos humanos em áreas ligadas à inovação é condição essencial para atender às necessidades das empresas. Maior transparência nos trabalhos dos comitês de avaliação dos projetos de Pesquisa e Desenvolvimento é outra sugestão do grupo, que não só estimulou estados e municípios a facilitarem o apoio público a empresas a como fez 4 moções, entre elas uma que salienta a urgência da criação de uma Lei de Inovação no Paraná, único estado do sul ainda sem esta legislação.
Os debates em torno do Eixo III (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Áreas Estratégicas) resultaram em orientações como estabelecer estratégias tecnológicas para mitigar efeitos das mudanças climáticas sobre atividades agrícolas; implementar mecanismos científicos na gestão da fronteira e articular melhor as ações dos órgãos de segurança. Garantir a sanidade animal e vegetal, bem como a logística para o agronegócio foram sugestões adicionais, que incluem o fomento a pesquisas sobre reciclagem, drenagem urbana, melhor aproveitamento da água da chuva e reuso da água.
A Professora Maíra Baumgarten, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, coordenou o grupo que debateu o tema CT&I para o Desenvolvimento Social, e disse: “A gente incorporou todas as propostas que eram consensuais”. Entre elas, está a sugestão de manter, expandir ou criar, nas Fundações de Apoio à Pesquisa, programas de financiamento especiais para grupos consolidados e estímulo aos emergentes. Ainda nas FAPs, devem ser fortalecidos os programas de bolsas de iniciação científica e os programas de apoio à formação de redes e de pesquisas transdisciplinares.
Estas e outras propostas serão sintetizadas num documento a ser apresentado na Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, marcada para maio em Brasília.
Assessoria de Imprensa da FAPESC