Conselho Superior da FAPESC faz balanço geral de 2009
A Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc) sediou nesta sexta-feira (18) a última reunião do seu Conselho Superior. Os membros do Conselho ouviram, entre outras coisas, uma retrospectiva sobre as principais ações realizadas em 2009.
A Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc) sediou nesta sexta-feira (18) a última reunião do seu Conselho Superior. Os membros do Conselho ouviram, entre outras coisas, uma retrospectiva sobre as principais ações realizadas em 2009.
Neste ano, a Fapesc reduziu suas despesas com a Rede Catarinense de Ciência e Tecnologia (RCT), ao mesmo tempo em que ampliou o acesso gratuito à Internet a mais de um milhão de pessoas no território catarinense. Aprovou a criação de 8 novas incubadoras tecnológicas e a consolidação de 5 implantadas recentemente, fora as 44 já existentes. Conseguiu incrementar a estrutura de laboratórios para facilitar a atuação da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural e Santa Catarina (Epagri).
Ainda no campo da agricultura familiar, a Fapesc impulsionou a ovinocultura, o cultivo de arroz e maçãs, entre outras atividades. Também contribuiu para valorizar a biodiversidade catarinense, apostando na conservação das espécies ameaçadas, no Jardim Botânico de Florianópolis, nas flores da região serrana e no projeto Acorde Plantas Nativas.
Também cuidou dos recursos hídricos ao apoiar a Rede Guarani/Serra Geral, que estuda dois aqüíferos essenciais não só para Santa Catarina, mas para o Brasil e países fronteiriços.
A instituição ofereceu bolsas de estudo e pesquisa a partir do ensino médio, até a pós-graduação – criando auxílios específicos para a valorização do carvão mineral catarinense. Em novembro, promoveu a III Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada pela primeira vez em Joaçaba. Durante o evento foi lançado o Prêmio Professor Caspar Erich Stemmer da Inovação Catarinense, idealizado pela Fapesc para reconhecer o esforço de pessoas físicas, empresas ou instituições de ciência e tecnologia – públicas ou privadas, com sede ou filial em Santa Catarina – que introduziram novidades ou aperfeiçoamentos no ambiente produtivo ou social.
Para reforçar o papel das Secretarias de Desenvolvimento Regional no Sistema Estadual de CT&I, lançou uma chamada pública para transferir até R$500 mil a cada uma das SDRs catarinenses. O edital se insere nas diretrizes da Política Catarinense de Ciência, Tecnologia e Inovação, elaborada a partir de consultas da Fapesc a representantes do governo, da academia e do setor empresarial, como foi feito no caso da Lei Catarinense de Inovação.
Em parceria com a Fundação CERTI, foi promovido o Programa Sinapse da Inovação, cujo projeto piloto teve tanto sucesso na Grande Florianópolis que foi estendido a todo o Estado. Sua meta é criar pelo menos 60 novas empresas, e incrementar as incubadoras regionais, gerando novos empregos e novas fontes de renda. Estas empresas receberão R$ 50 mil da Fapesc e da Finep, a título de subvenção, para alavancar seus negócios.
Na área da saúde, o presidente da Fundação, Diomário Queiroz, destacou o Programa Pesquisa para o Sistema Único de Saúde em Santa Catarina, voltado à resolução dos problemas prioritários de saúde da população brasileira. Estudos conduzidos no âmbito deste programa sugeriram melhorias na gestão de serviços numa instituição pública de assistência a pacientes de câncer, fizeram recomendações para aperfeiçoar o tratamento de pacientes diabéticos e para evitar suicídios em todo o Estado, por citar 3 exemplos.
No que se refere à administração, os avanços se deram principalmente no controle dos editais, na análise dos processos e na atualização da legislação para desburocratizar a transferência de recursos públicos. Ainda neste sentido, adotou-se neste mês o uso do Cartão BB Pesquisa, que vem agilizando o repasse de dinheiro para pesquisadores e diminuindo os custos de gestão de projetos.
“Em dezembro de 2009, atualizamos os valores das bolsas dos coordenadores de pesquisa, defasados há 8 anos”, disse o Prof. Diomário. Sua segunda gestão frente à Fapesc iniciou em 2007 e desde então as ações institucionais ganharam repercussão nacional, a exemplo do Grupo Técnico Científico (GTC) Prevenção a Desastres Naturais. Oficializado no final do ano passado, o Grupo virou referência para outros estados. Seu trabalho foi reconhecido inclusive pela Agência Japonesa de Cooperação Internacional(JICA) e pelo Escritório para Assistência a Desastres que os Estados Unidos da entidade norte-americana USAID. Ambas as instituições mandaram representantes para conhecer a experiência do GTC na semana passada e acenaram com parcerias em 2010.
Assessoria de Imprensa da FAPESC