Cooperação Internacional entre Brasil e Israel é tema de evento na ACATE
A Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) recebeu o israelense Yotam Tzuker, representante da organização Tech7¹, responsável pelo programa Brazil Israel Tech Hub. O programa visa construir uma rede de parceria entre empresas de ambos os países para que pratiquem inovação aberta e desenvolvam negócios em conjunto.
Durante uma apresentação sobre o programa, Yotam citou o caso da cidade de Bersebá como exemplo de ecossistema de inovação a ser seguido. Bersebá é a maior cidade no deserto do Neguebe, localizada no sul de Israel. Apesar do ambiente desfavorável e da proximidade com áreas de conflito (localizada a cerca de 50 quilômetros da faixa de gaza), a cidade foi capaz de desenvolver, a partir do zero, o seu ecossistema de inovação nos últimos cinco anos.
Bersebá é considerada como o próximo vale do silício na Ásia
O sucesso do ecossistema de inovação de Bersebá se dá, principalmente, pela presença de diferentes atores que se instalaram na região, como universidades (Ben-Gurion University e Instituto Tecnológico das Forças de Defesa de Israel), hospitais (Soroka Medical Center), parque tecnológico (Gav-Yam Negev Advanced Technologies Park), entre outros.
Através do programa, busca-se encontrar boas empresas israelenses que desejam ingressar no mercado brasileiro, e empresas brasileiras que desejam explorar tecnologias israelenses e explorar o mercado internacional.
65% das empresas de tecnologia israelenses exporta para EUA e Europa
Apesar da iniciativa visando apresentar o mercado brasileiro às empresas do país oriental, ainda há poucas parcerias deste tipo. Por essa razão, Yotam busca reduzir a resistência dos empresários israelenses os quais classificam o Brasil como um mercado de difícil acesso, muitas vezes por falta de informação.
As empresas brasileiras que desejam desenvolver produtos, processos e serviços em conjunto com correspondentes israelenses podem se inscrever nas chamadas públicas de financiamento lançadas pelo FINEP e EMBRAPII. Ao todo, está previsto o investimento de R$ 17,5 milhões nas propostas selecionadas por meio desses dois programas.
As chamadas dão prioridade para soluções em áreas como energia, tecnologia e informação, internet das coisas (IOT), agrotecnologia, ciências da vida, fintechs, nanotecnologia, indústria química, aeroespacial, gestão de recursos hídricos entre outras.