Crise afeta 62% das empresas de TI no Brasil. Provedor de cloud sofre menos
A retração econômica não afetou e não afetará todas as empresas da mesma maneira e na mesma hora. A constatação é de um levantamento recente da Advance Consulting, que esmiuçou os impactos da crise no mercado brasileiro de TI e telecom ao longo do primeiro semestre de 2015.
De um lado, a instabilidade impactou negativamente mais da metade (62%) das companhia brasileiras de tecnologia da informação. Essas organizações reportaram crescimento aquém do planejado para o período.
A retração econômica não afetou e não afetará todas as empresas da mesma maneira e na mesma hora. A constatação é de um levantamento recente da Advance Consulting, que esmiuçou os impactos da crise no mercado brasileiro de TI e telecom ao longo do primeiro semestre de 2015.
De um lado, a instabilidade impactou negativamente mais da metade (62%) das companhia brasileiras de tecnologia da informação. Essas organizações reportaram crescimento aquém do planejado para o período.
De outro, apenas 9% das empresas conseguiram aproveitar o momento de turbulência para avançar ou manter o desempenho. Nessa frente figuram, especialmente, provedores de serviço de desenvolvimento de software e fornecedores de soluções de cloud computing.
Outros segmentos de oferta que sofreram menos ou até mesmo expandiram o volume de negócios em meio à turbulência estão data centers, e-commerce e desenvolvedores de aplicativos web e apps. “É possível crescer na crise. Basta estudar e escolher os mercados com mais dinheiro e mais propensão para investimentos”, pondera o relatório da consultoria.
Quanto ao segmento, setores apontados como de maior retração figuram o automotivo, construção civil e manufatura em geral. Quem ainda está relativamente tranquilo é o mercado financeiro, o agronegócio e a vertical de saúde. Questionados sobre a região que mais sentiu a crise, o estudo aponta para o Sudeste. Quem vivencia impacto neutro ou com menor corte/aumento nos orçamentos figura o Centro-Oeste.
Em parte, a consultoria acredita que esses segmentos e regiões foram menos afetados por um conjunto de fatores, seja por se tratarem de mercados que observam a tecnologia como forma de minimizar os impactos da crise e/ou ainda não sentiram os efeitos da retração econômica. Os provedores também têm méritos. De acordo com o levantamento, os fornecedores menos afetados conseguiram executar um bom plano estratégico.
De acordo com a pesquisa, os maiores cortes nos orçamentos das empresas de TI concentraram-se nas áreas de RH, administrativo e telecomunicações. Os departamentos que menos sofreream são vendas, tecnologia e logística.
A Advance Consulting realiza uma pesquisa trimestral para medir o ânimo dos empresários brasileiros de tecnologia desde 2009. O consolidado dos primeiros seis meses de 2015 apontam que as companhias cresceram, em média, 5% sobre o mesmo período do ano anterior. O levantamento identificou certo otimismo dentre os respondentes, que esperam crescer cerca de 12%, bastante acima dos 5,8% que projetam como expansão geral do setor de TI.
Fonte: ComputerWorld