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25/nov/2022

De Lages para o Brasil: SysMiddle muda para Florianópolis com foco no mercado nacional de integração de dados

Startup, associada à ACATE, fundada em 2015 no Planalto Serrano e pretende crescer com apoio do ecossistema da capital catarinense

Depois de crescer 90% a cada ano desde 2015 quando foi criada em Lages, a SysMiddle, startup especializada em integração de dados, mudou para Florianópolis com a missão de dobrar a carteira de clientes, além de crescer quatro vezes sua receita em 2023. O embrião da empresa, que se mantem apenas com recursos próprios e ainda não tem planos para captação de investidores, foi plantado em 2014 durante um projeto para resolver uma dor real de Sergio Fontana, CEO e fundador da startup.

Fontana era líder do time de integrações na empresa em que trabalhava e sofria por não existir naquele momento uma ferramenta que atendesse a necessidade de integrar com praticidade e rapidez. Na época, o empreendedor trabalhou com as principais ferramentas de mercado, mas nenhuma atendia suas necessidades. Além de o custo ser “altíssimo”, ele precisava de mão de obra especializada nas ferramentas, o que também era uma barreira para solucionar os problemas de integração.

Um ano depois, o empregador virou o primeiro cliente da SysMiddle quando Fontana resolveu lançar um MPV e abrir um CNPJ. Entre 2015 e 2020, o foco foi no produto. Entre 2020 e o começo de 2021, a empresa iniciou a criação do time comercial até que no final do ano passado a startup fez “uma reformulação total” na área de negócios e virou a chave para o que hoje é SysMiddle.

“A vinda para Floripa é uma nova fase do negócio, uma virada de chave no sentido de estratégia e também de mindset para o time, pois o foco que até 2022 era muito forte na região Sul, agora se expande para todo Brasil. Foco total na expansão estratégica do negócio, para estar mais presente no ecossistema e em contato direto com mentores/advisors e apoiadores”, explica Murilo Fontana, irmão do fundador e que começou a atuar no time da empresa no começo de 2022 depois de atuar como gerente de projetos de T.I na Tigre.

Dentro do desenvolvimento do produto, a empresa passou pelos principais programas de apoio do ecossistema local como o Startup SC, Sinapse da Inovação e InovAtiva Brasil, todos realizados em 2017. “Principalmente o Startup SC direcionou bastante na época e os contatos feitos fazem parte da rede de apoio atual da SysMiddle. O ecossistema e rede de apoio com advisors que atualmente são fundamentais na estratégia da SysMiddle”, avalia Murilo Fontana.

Foco no Brasil e expansão 100% bootstrapping

Murilo cita a última pesquisa da Gartner sobre integrações de dados e sistemas para dimensionar o mercado da startup. Segundo a publicação, 50% do total investido em projetos digitais são em projetos nesta área. “A expectativa é que até 2025 esse mercado fique ainda mais aquecido, uma vez que é cada vez maior a quantidade de novos softwares em uso e a necessidade de automatizar os processos e reduzir custos”, diz o diretor de operações da SysMiddle.

“Acabamos de estruturar nosso modelo comercial. Para 2023 a estratégia é rodar a máquina comercial e colocar novos clientes para dentro da base, visto que hoje principal fonte de receita são os clientes da base. Em produto, estamos desenvolvendo features para alguns nichos específicos. Será um período de validação no primeiro trimestre, que poderá até mesmo mudar a estratégia para o restante do ano”, explica Murilo Fontana.

Indiretamente, por meio uso das soluções pelos seus clientes, a empresa já está presente em vários países da América do Sul, EUA e Europa. E apesar de ter negócios e outras possibilidade que podem abrir um mercado no exterior, a empresa ainda pretende avançar no mercado nacional de integração. “Diretamente, temos um contrato na África (Angola) e também uma oportunidade bem encaminhada com Portugal, no entanto o foco para 2023 ainda é 100% mercado brasileiro, visto que existe uma boa fatia de mercado a ser atacada”, diz Fontana.

Por enquanto, a estratégia de conquista do mercado brasileiro não terá a presença de investidores. “A empresa começou em 2015 e até aqui 100% bootstrapping. No momento não temos projeto para captação, com a estratégia atual temos fôlego e saúde financeira para avançar, no entanto não descartamos investimento caso seja algo que faça sentido para acelerar o crescimento“, explica o empreendedor.

*Fonte: SC Inova/ Foto: Divulgação