Empreendedorismo tecnológico: o caminho até à tração
Abrir um negócio não é fácil, amadurecer e manter viva sua startup pode ser um desafio. Segundo uma pesquisa da Startup Farm 74% das startups brasileiras fecham as portas nos primeiros cinco anos de vida. Conheça aqui os passos que uma empresa nascente deve percorrer até momento de tração.
Encontre um problema
Para começar é necessário que o empreendedor identifique um problema que possa ser melhorado ou resolvido através da tecnologia. “Após identificar o problema, é importante estudar o mercado e o setor que a startup irá atuar no desenvolvimento da solução”, explica Alexandre Souza, gestor do Sebrae/SC que coordena a iniciativa Startup SC, “converse com o máximo de pessoas do meio que conseguir e conte sobre o problema e a solução que você pretende desenvolver. Uma dica é perguntar para seu possível consumidor qual parte do seu trabalho você gostaria que um robô fizesse por você?, essa pergunta ajuda a entender como a tecnologia pode proporcionar melhorias para ele. Além disso, nesse momento inicial, participar de eventos pode ser uma grande ajuda, você pode validar a ideia com outros empreendedores também, e pedir dicas para os próximos passos”, completa Souza. Uma oportunidade para os entusiastas é o Startup SC Summit, evento voltado para o ecossistema de tecnologia e inovação que irá reunir os principais nomes do empreendedorismo, com palestrantes da IBM e Facebook.
Leve ao forno
Com uma solução já na cabeça, o próximo passo pode ser dado dentro de uma incubadora ou programa de capacitação. Na incubadora, o empreendedor ficará, em média, dois anos recebendo mentorias, consultorias, tendo acesso a empresários e outros empreendedores, além de diversas ferramentas para evoluir seu negócio e seu desempenho para o mercado.
O MIDI Tecnológico já foi considerado quatro vezes a melhor incubadora do país e mantém práticas que incentivam o aprimoramento de todas as áreas dentro das empresas nascentes, mas principalmente o desenvolvimento do empreendedor.
Aumente a potência
Com a empresa pronta para o mercado, empreendedores podem buscar auxílio nas aceleradoras. Os programas de aceleração costumam durar entre seis meses e um ano e ajudam no desenvolvimento rápido de negócios escaláveis. Existem vários formatos de programas de aceleração, o Darwin Startups, por exemplo, mantém parceria com cinco grandes empresas dos setores de seguros, fintech, telecom e big data. Dessa maneira, os empreendedores contam com quem já tem experiência do seu mercado de atuação para aprimorar soluções e ter maiores chances de êxito.
Encontre investimento
Após receber treinamento, passar por incubação, ser acelerado, o próximo passo é procurar um investimento inicial. Nesse momento as startups entram em um dos momentos mais desafiadores da empresa. Para sobreviver e prosperar, contam com fundos de investimento específicos para essa fase. Como é o caso da Abseed, que investe em empresas em estágio inicial de crescimento, focado em SaaS e modelos de recorrência B2B. “Nesta etapa é crucial que as empresas consigam financiar sua operação até alcançarem novas rodadas de investimento, como séries A e B”, explica Geraldo Melzer, sócio diretor do fundo de investimentos Abseed. Ao contrário de outras gestoras, a equipe acompanha e contribui com os projetos investidos, e traz conhecimento no campo dos negócios em áreas diversas, como: marketing, vendas, canais, governança e expansão de negócios. O grupo conta com mentores, parceiros e especialistas que orientam e auxiliam os processos e coinvestem nas startups.
Tracione
O programa Scale-Up da Endeavor é voltado para empresas que já estão começando o processo de escalabilidade. O programa apoia empreendedores por meio da conexão com uma rede de mentores, formada pelos principais líderes empresariais do país. O objetivo é que os selecionados aprendam com quem já fez e potencializem o impacto dos seus negócios para a geração de novos empregos.