Empresa incubada no MIDI cria método para reciclagem de resíduos da indústria de fundição de precisão
Seis meses foi o tempo que a Creta Tec, empresa com dois anos de existência e incubada no MIDI Tecnológico, levou para conseguir concluir o projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para evitar o descarte de resíduos da indústria de fundição em aterros indústrias e ter seu artigo aprovado no Congresso Nacional de Fundição.
Seis meses foi o tempo que a Creta Tec, empresa com dois anos de existência e incubada no MIDI Tecnológico, levou para conseguir concluir o projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para evitar o descarte de resíduos da indústria de fundição em aterros indústrias e ter seu artigo aprovado no Congresso Nacional de Fundição. A demanda surgiu da Sulmaq Industrial e Comercial LTDA, mais precisamente de sua unidade de Microfusão, que produz peças microfundidas de alta precisão para o mercado nacional e internacional. A boa nova será apresentada no 15º Congresso de Fundição (Conaf 2011), que acontece de 4 a 7 de outubro em São Paulo, organizado pela Associação Brasileira de Fundição (Abifa).
Para esta iniciativa, foram aplicadas as tecnologias de caracterização e processamento de materiais, com equipamentos avançados de análises; análise de ciclo de vida de materiais simbiose industrial; desenvolvimento e qualificação de fornecedores e produtos; além dos conhecimentos sobre a natureza e composição de variados materiais e benchmarking técnico-científico. “Nós, da Creta Tec, temos grandes expectativas com esse projeto, pois sabemos que a tecnologia está muito incipiente e abre grandes possibilidades, tanto com a Sulmaq Microfusão como com outras indústrias do mesmo segmento, que enfrentam esse problema. A ideia é totalmente apoiada pelas empresas, mesmo em concorrência, pois com a união dos seus passivos existem maiores oportunidades de aumentar os dividendos”, aponta o diretor da Creta Tec, Sandriny Lacerda, que tem como sócio Guilherme Pacher.
Além da possibilidade de reutilização do resíduo, no caso de fundição, segundo Sandriny, a empresa Sulmaq Microfusão consolidou o início de um trabalho de valorização e recuperação do potencial intrínseco do material que era oneroso por ser descartado em aterros. “O mais importante é que a descoberta garante a adequação às leis e normas vigentes, ao passo que beneficia o meio ambiente evitando o despejo de mais lixo na natureza e substituindo a extração de minérios naturais, fornecendo matéria prima de qualidade para a indústria cerâmica”.
Para Eduardo Schoppen Bordin, do setor de Engenharia de Métodos e Processos da Sulmaq Microfusão, a empresa teve suas expectativas atendidas. “Nosso objetivo inicial era eliminar o passivo ambiental gerado pelo processo de microfusão e com o andamento do projeto apareceram oportunidades para transformá-lo em rendimento, contribuindo para a utilização racional de matérias primas e para o desenvolvimento sustentável da indústria”. Entretanto, a intenção é de que o trabalho de valorização do material não pare. “Queremos, juntamente com a Creta Tec, buscar novas aplicações, pois sabemos que o resíduo tem grande potencial, inclusive abrindo oportunidades para outras indústrias do ramo aderirem ao projeto nascido na Sulmaq”, diz Bordin, que destaca que mesmo a Sulmaq Microfusão não sendo certificada pela ISO 14001, sempre busca atender os requisitos das normas de qualidade ambiental, legislação e os princípios de desenvolvimento sustentável, criando programas de proteção ao meio ambiente.
Assessoria de imprensa das empresas incubadas