Empresas e universidades precisam interagir para promover a inovação
Para promover a inovação no país, empresas e universidades precisam interagir e buscar novos conhecimentos. O alerta foi feito pelo coordenador do Núcleo de Gestão da Inovação Tecnológica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Paulo Zawislak, durante seminário promovido nesta terça-feira (4), em Florianópolis, pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL/SC), entidade do Sistema FIESC. “Não podemos falar de inovação, sem falar de interação. Uma única organização não tem mais condições suficientes para fazer pesquisa, conduzir projetos de desenvolvimento e buscar a inovação sozinha.
Para promover a inovação no país, empresas e universidades precisam interagir e buscar novos conhecimentos. O alerta foi feito pelo coordenador do Núcleo de Gestão da Inovação Tecnológica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Paulo Zawislak, durante seminário promovido nesta terça-feira (4), em Florianópolis, pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL/SC), entidade do Sistema FIESC. “Não podemos falar de inovação, sem falar de interação. Uma única organização não tem mais condições suficientes para fazer pesquisa, conduzir projetos de desenvolvimento e buscar a inovação sozinha. Ela precisa interagir”, afirmou Zawislak.
Além de chamar a atenção para a necessidade de interagir, o professor destacou também a importância de se ter qualidade nas interações. “Não adianta fazer a interação por fazer, é preciso haver qualidade, ou seja, conhecimento”, falou ele, explicando ainda que, “não se pode fazer com que pequenas empresas interajam com grandes universidades. Não vai haver troca de conhecimento. Temos que considerar o perfil de ambas as organizações”, disse.
Segundo Zawislak, é nesse ponto de gestão da interação que entra os núcleos de inovação tecnológica (Nit’s). “Entender esta dinâmica de rede de interações, de acordo com cada realidade específica, é o papel dos Nit’s. Sem eles não tem interação”, garantiu o coordenador.
Para avançar na formação e no fortalecimento de uma rede de Nit’s em Santa Catarina, foi desenvolvido entre 2008 e 2012 o projeto Pronit, cujo objetivo era implantar e estruturar o arranjo catarinense de Nit’s. A iniciativa, que teve seus resultados apresentados durante o seminário, foi coordenada pelo IEL/SC e teve o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), além de 17 instituições de ciência e tecnologia e 11 empresas catarinenses.
O projeto trouxe seis novos núcleos de inovação para o Estado, além de apoiar o desenvolvimento de outros onze. Possibilitou ainda a realização de capacitações, o desenvolvimento de um aplicativo para gestão de Nit’s, a criação do modelo de referência de gestão de Nit’s, dentre outros.
Durante o seminário foi apresentado também o case da empresa Natura, uma empresa que lança anualmente no mercado cerca de 200 novos produtos e possui um índice de inovação de mais de 65%. De acordo com o coordenador de parcerias da área de gestão e redes de inovação da empresa, Leonardo Garnica, a estratégia da Natura é a inovação em redes ou inovação aberta. “Acreditamos que a inovação se faz pela interação, pelo relacionamento com as pessoas, pela troca de conhecimentos. A inovação aberta dispõe de competências altamente desenvolvidas e espalhadas, disponibilidade de recursos e talentos e aumenta a velocidade da inovação. Isso faz com que inovemos mais”, afirmou Garnica.
A importância de ampliarmos o número de empresas inovadoras como a Natura para aumentarmos a competitividade industria, foi destacada pelo presidente do Sistema FIESC, Glauco José Côrte, durante a abertura do seminário. “Sem inovação nós dificilmente vamos ganhar essa guerra. Precisamos melhorar o nível de escolaridade dos nossos trabalhadores para que eles consigam produzir mais e inovar. Assim ampliamos a competividade, crescemos e podemos proporcionar melhores condições de trabalho”, finalizou Côrte.